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Brasil ou EUA? Nesse jogo quem será o vencedor?

Por Hely Beltrão

21/07/2025 07h22 Atualizada há 2 meses
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Foto: Duncah Nicholls/Getty Images
Foto: Duncah Nicholls/Getty Images

O assunto mais comentado no momento nas redes sociais e rodas de conversas, são as investidas do governo estado unidense contra o Brasil. Podemos analisar toda a situação como um jogo de Poker, onde além do conhecimento das cartas, faz-se necessário uma grande habilidade de blefe, análise comportamental do adversário, entre outros requisitos.

De um lado, os EUA, juntamente com os traidores da pátria, a família Bolsonaro, fizeram a primeira jogada, impondo uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, com a justificativa relatada em carta enviada ao governo brasileiro, de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria sendo perseguido pela Justiça brasileira, pedindo anistia.

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Vieram a público, ameaçaram, falaram até em jogar uma bomba atômica no Brasil. Acharam que iríamos "arregar". Se deram mal. Após pedido da PGR (Procuradoria Geral da República), o ministro Alexandre de Moraes ordenou operação da PF na residência do ex-presidente, além de uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, proibição de uso das redes sociais, entre outras medidas cautelares.

Mais: Saiba o que embasou decisão de Moraes que impôs tornozeleira eletrônica a Bolsonaro

Eles sentiram, e como dizemos no Nordeste: "peidaram na farofa". No mesmo dia da operação, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sugeriu, em publicação nas redes sociais, que o governo americano revogasse as tarifas. Oxente, mas, não eram os brabões? Como a publicação não repercutiu bem, o senador apagou logo a postagem. Mas, como dizem, o print é eterno.

Só que as coisas não param por ai. No jogo de cartas existe a chamada estratégia Martingale, que consiste em dobrar a aposta após cada perda, com a expectativa de recuperar todas as anteriores com a primeira vitória. Como viram que o Brasil não cedeu à chantagem, anunciaram investigação do sistema de pagamentos PIX, comércio da 25 de março em São Paulo/SP, interrupção do sistema GPS (Global Positioning System) e sanção ao ministro Alexandre de Moraes.

Lembrando que o blefe, também faz parte da estratégia do jogo, quem conseguir blefar melhor, vence. Eis os motivos pelos quais todas essas alegações não passam de um blefe, ou mentira.

Eles querem derrubar o PIX, por que este prejudica seus maiores parceiros de campanha, que possuem sistemas de pagamento instantâneos, como G-pay, Apple Pay, Whatsapp Pay, que, para serem utilizados, deve se pagar uma taxa por transação ou uma mensalidade, como é o caso do Apple Pay. As operadoras de cartão de crédito, também estão perdendo, pois, com o PIX, não precisamos utilizar a função débito do cartão.

Sobre a possibilidade de desligarem o GPS, especialistas afirmam que cortar o sinal GPS seletivamente para um país como o Brasil é tecnicamente inviável. O GPS é um serviço público global, com acesso civil gratuito e aberto a qualquer nação, mesmo em contextos de atritos diplomáticos. Bloquear o sinal de forma seletiva exigiria mudanças técnicas complexas, que afetariam até empresas americanas operando no Brasil, além de causar sérias repercussões diplomáticas.

Mas se fizessem, o impacto seria mínimo. Existem outras alternativas, principalmente para os dispositivos mais modernos.

Galileo (União Europeia): Desenvolvido pela UE e pela Agência Espacial Europeia, o Galileo opera com 26 satélites e oferece maior precisão que o GPS. Criado para reduzir a dependência de sistemas americanos e russos, ele é compatível com a maioria dos dispositivos modernos, como smartphones e equipamentos de navegação. Durante os anos 2000, os EUA expressaram preocupações com o Galileo, temendo seu uso por nações adversárias, mas um acordo garantiu a interoperabilidade dos sistemas.

GLONASS (Rússia): O sistema russo, com 24 satélites, é uma alternativa estratégica ao GPS. O Brasil é o maior hospedeiro de bases de controle do GLONASS fora da Rússia, com estações em universidades federais como as de Pernambuco, Santa Maria, Belém e Brasília. Essas bases foram instaladas para calibrar os satélites russos, em troca de acesso à tecnologia de geoposicionamento.

BeiDou (China): Com 35 satélites, o BeiDou é o maior sistema GNSS em operação e oferece cobertura global desde 2020. Smartphones de marcas como Huawei, Xiaomi e até iPhones já são compatíveis com o BeiDou, que também suporta serviços como mensagens de texto sem conexão celular.

A maioria dos dispositivos modernos no Brasil suporta múltiplos sistemas GNSS, permitindo a transição para Galileo, GLONASS ou BeiDou em caso de interrupção do GPS. No entanto, a adaptação total de setores críticos, como aviação e agricultura, poderia levar de um a dois anos, dependendo da infraestrutura.

Nesse jogo de cartas, entre Brasil e EUA, quem blefar melhor, vence.

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Marta Mirian Feitosa Há 2 meses Feira de Santana Tramp deve cuidar da nação dele,toda essa perseguição porque o amigo dele não conseguiu permanecer no poder, Bolsonaro jamais sentará na cadeira da presidência da República em nome de Jesus, família nociva para o nosso País
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