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Cadê o forró que tocava aqui?

Por Luiz Santos, radialista e jornalista

03/06/2025 07h01 Atualizada há 2 dias
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
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O Brasil é mesmo o 'país das contradições', existem leis e dias pra tudo, no entanto, difícil mesmo é vê-lo cumprindo o que determinam as leis. Isso porque, aqueles que criam-nas são os primeiros a descumpri-las.

Estamos vivendo o período dos festejos juninos, e mesmo aqueles que não comemoram essas festividades gostam das comidas típicas da época, do balanço envolvente do ritmo do forró, ritmo cujo dia 13 de dezembro, no Brasil, é data legal, alusiva ao nascimento do Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Temos também o reconhecimento do forró como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

O título dedicado ao Forró e ao Luiz Gonzaga é um importante reconhecimento desse ritmo como expressão cultural fundamental da identidade brasileira, especialmente na região Nordeste do país. A declaração visa preservar as matrizes tradicionais dos ritmos forró, baião, xote e o xaxado, sem congelar sua evolução. 

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No entanto, mesmo com todas essas conquistas, quando o momento de verdadeiramente comemorar o ritmo, e os artistas do seguimento ganharem dinheiro mostrando o seu talento, é comum acompanharmos o anuncio de nomes de artistas de outros seguimentos para cantarem nos festejos dessa época. Nomes como DJ Alok, Simone Mendes, Daniel, Henrique e Juliano, Gustavo Lima, Raça Negra, Layrton etc, "invadem" o nosso Nordeste e levam os maiores cachês, que variam de R$ 500 mil a R$ 1.100.000,00 reais. Dinheiro público, inclusive, e em muitos casos, fruto de emendas parlamentares "sob suspeitas".

Estamos acompanhando um levantamento feito pelo Ministério Público da Bahia (MPBA), mostrando que alguns municípios baianos estão contratando artistas, na maioria, com cachês "astronômicos", e em muitos casos, não têm nada a ver com os festejos juninos. 

Quando dizemos que o Brasil é o país das contradições, que não adianta ter tantas leis cujos cumprimentos são praticamente zerados; não existe fiscalização; é exatamente nessas festas que muitos gestores fazem a farra com o dinheiro do povo por acreditarem na impunidade, não quer dizer que os ritmos extra-forró devam ser excluídos por completo dos festejos juninos. 

Não. Não é isso. Para atender a muitos gostos, é  possível contratar pagode, arrocha, sertanejo, axé, DJs enfim. Porém, nunca é demais lembrar: se sobrar um dinheirinho, um espaço na grade da programação, senhores(as) gestores(as), coloquem, preferencialmente, alguém do forró. Não citaremos nomes, pois são tantos forrozeiros(as) que o espaço ficaria pequeno. Fica a dica!

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