O genocida ameaça ao dizer que não haverá eleição se não for como ele quiser O Garganta Rasa volta a ameaçar, acuado, denunciado, em queda vigorosa nas pesquisas, cada vez mais isolado no Brasil, cada vez mais pária no mundo civilizado. Ignorante, orgulhoso de jamais ter lido um livro, desconhece o que Getúlio Vargas chamava de "guampada de boi manso". Garganta Rasa não assusta mais ninguém. Destruiu tanto que o que restou de apoio são escombros, gente desqualificada entre empresários desonestos, fraudadores, comunicadores vendidos, tristemente expostos em atos de bajulação explícita, políticos gananciosos do centrão e redondezas e fundamentalistas ignorantes, uma redundância.
Cabos eleitorais de pescoços grossos, bíceps grandes e cérebros raquíticos repetem as bazófias do Garganta Rasa, prontos para a luta. PMs indisciplinados, provocadores infiltrados, imaginam entrar em cena para não deixá-lo só, sem se dar conta que não contam, tão poucos são. Dê o golpe, Garganta Rasa!.
Chame as Forças Armadas e ordene que fechem o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, calem a imprensa independente, e, não se esqueça, matem os tais 30 mil que há tanto tempo lhe incomodam — se é que alguns deles não estão entre os 530 mil que seu governo genocida e corrupto já matou. Comece por Fernando Henrique Cardoso, é claro!, este perigoso agente do comunismo internacional (desculpe, ex-presidente, ser herói com seu pescoço…). Só não deixe o golpe a cargo do general Eduardo Pazuello, porque aí será um convite ao fracasso. Winston Churchill dizia que a guerra é assunto sério demais para deixar nas mãos dos militares, por isso melhor será encomendá-lo ao Paulo Jegues, aquele que tem a fórmula para acabar com a fome no Brasil — assim como o Garganta Rasa sabe que para diminuir a poluição basta ir menos ao banheiro, com o que ameniza-se, também, a crise hídrica.
Demorou, Gargantão, mas o país acordou para o maior erro já cometido em mais de 500 anos de existência. E nem mais o bufão de cabelo amarelo está na Casa Branca para deixá-lo brincar de golpe. Mas é capaz que os próximos passos da história lhe deem razão e não aconteça eleição em 2022. Com o seu nome nela, bem entendido, ou fora do segundo turno, porque não o atingirá, ou até mesmo no primeiro, porque o impeachment chegará antes.
Nesta segunda hipótese, é provável que possa ver a contagem dos votos colhidos pelas urnas eletrônicas de dentro da cadeia, porque rachadinha é crime, dar guarida a milicianos é crime, ameaçar a democracia é crime, não necessariamente nessa ordem. Enfim, fica aqui o desafio, a provocação de alguém desarmado, incapaz de dar um tiro: dê o golpe !
O tiro lhe sairá pela culatra como coice na nuca, Cavalão!.
SOBRE O AUTOR
Juca Kfouri é formado em Ciências Sociais pela USP. Diretor das revistas Placar (de 1979 a 1995) e da Playboy (1991 a 1994). Comentarista esportivo do SBT (de 1984 a 1987) e da Rede Globo (de 1988 a 1994). Participou do programa Cartão Verde, da Rede Cultura, entre 1995 e 2000 e apresentou o Bola na Rede, na RedeTV, entre 2000 e 2002. Voltou ao Cartão Verde em 2003, onde ficou até 2005. Apresentou o programa de entrevistas na rede CNT, Juca Kfouri ao vivo, entre 1996 e 1999 e foi colaborador da ESPN-Brasil entre 2005 e 2019. Colunista de futebol de “O Globo” entre 1989 e 1991 e apresentador, de 2000 até 2010, do programa CBN EC, na rede CBN de rádio. Foi colunista da Folha de S.Paulo entre 1995 e 1999, quando foi para o diário Lance!, onde ficou até voltar, em 2005, para a Folha, onde permanece com sua coluna três vezes por semana. Apresenta, também, o programa Entre Vistas, na TVT, desde janeiro de 2018.
Por Juca Kfouri
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