A Micareta de Feira de Santana 2025, realizada entre os dias 01 e 04 de maio, ainda gera repercussão entre artistas e gestores culturais da cidade. Passados quase dois meses do evento, algumas bandas que se apresentaram ainda não receberam os cachês acordados, e a justificativa seria uma divergência entre o valor do convênio firmado e os valores apresentados para pagamento.
Segundo fonte ligada à Prefeitura de Feira de Santana, o convênio firmado com a Bandafes (Associação de Bandas e Artistas de Feira de Santana) previa o repasse de cerca de R$ 685.700, mas uma nova documentação teria sido apresentada com valores superiores. Essa diferença estaria emperrando o processo de liberação dos recursos.
A mesma fonte aponta que algumas bandas listadas como participantes do evento não comprovaram sua apresentação, não possuindo registros em redes sociais, sites ou documentos fiscais. Em certos casos, o último registro público dessas bandas dataria de 2022. A ausência de comprovações reforça a desconfiança quanto à real participação desses artistas no circuito oficial.
Após a divulgação dessas informações, o radialista e assessor da Bandafes, Berinaldo Cazumbá, rebateu as alegações. Em entrevista à Rádio Sociedade, ele negou que a associação tenha emitido qualquer nota fiscal com valor superior ao contratado:
“Em primeiro lugar, a associação não emitiu nota. E nem é ela quem emite: são os próprios artistas. A Bandafes apenas serviu de meio legal para viabilizar o pagamento, já que muitos artistas locais não possuem a documentação exigida para contratar diretamente com a prefeitura”, afirmou Cazumbá.
Ainda segundo ele, o convênio foi solicitado pela própria Prefeitura, diante da necessidade de contratar grupos que não tinham contratos formais celebrados anteriormente, como prevê a legislação. “A prefeitura encaminhou os nomes dos artistas, e a Bandafes apenas intermediou. Mais de 90% dos que se apresentaram nem são associados da entidade”, disse.
Cazumbá também destacou que a Bandafes não lucra com o convênio. “Não há repasse de percentual, nem comissão. A associação apenas colaborou para garantir a participação dos artistas locais”, completou.
De acordo com a fonte ligada à prefeitura, o atraso também envolve casos de bandas que, mesmo tendo documentação, foram incluídas na lista de artistas que supostamente não comprovaram a atuação. Há relatos de músicos que possuem notas fiscais e histórico de apresentações, mas que não foram publicados no Diário Oficial ou não assinaram contrato previamente com o município — o que pode ter contribuído para a confusão.
Com informações: Luiz Santos
Por: Mayara Nailanne
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