Duzentos milhões e os 21 vereadores

O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho (UB), enviou projeto de lei à Câmara de Vereadores solicitando a autorização para empréstimo de duzentos milhões de reais. Segundo o projeto, o valor será investido na urbanização da cidade incluindo saneamento básico, pavimentação asfáltica, revitalização de lagoas entre outras obras que, diz, vão colocar Feira de Santana no mínimo duas décadas a frente do tempo.

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Feira de Santana ao longo dos anos tem honrado seus compromissos com empréstimos tomados anteriormente, e isso credencia a cidade a angariar novos empréstimos. Foi assim em 2007 quando tomou dinheiro emprestado para construir os viadutos, e pagou. Na gestão do prefeito Colbert Martins, no apagar das luzes, um outro empréstimo milionário foi autorizado pela Câmara Municipal, dinheiro que ainda não foi liberado e está em tramitação. 

Agora, a prefeitura novamente pede autorização ao Poder Legislativo para tomar mais um emprestimo. Tarefa que cabe aos 21 legisladores, todos, indistintamente do partido, seja da base governista ou da oposição, discutir e entender o projeto, autorizar o empréstimo ou não, fiscalizar as obras, como o dinheiro será usado, enfim. 

A única coisa que não cabe aos legisladores é aprovarem o empréstimo, se for o caso, a toque de caixa. Dizer amém ao Executivo, aprovando ou votando contra simplesmente por ser situação ou oposição. Resta lembrar que "só compra fiado quem tem nome limpo", e isso o município de Feira tem.

É válido torcer para que o empréstimo seja aprovado e as obras realizadas, e que o empréstimo seja pago mais uma vez. Assim, tudo dentro dos conformes, serão beneficiadas a cidade e a população, e que os vereadores feirenses cumpram um dos princípios que regem a legislação brasileira: fiscalizar o Executivo.