Presidente da Câmara diz que não há dinheiro para concluir reforma do prédio anexo e que pretende acionar órgãos competentes

Por Luiz Santos e Hely Beltrão

A presidente anterior do Legislativo feirense, a vereadora Eremita Mota (PP), deixou para o novo presidente eleito em em 1º de janeiro, o vereador Marcos Lima (UB), uma bomba a ser desarmada: a reforma do prédio anexo, que está parada desde novembro de 2024.

Noticiamos no início de dezembro, que a obra está parada por falta de pagamento da construtora responsável, tendo sido enviado pela Câmara no final de novembro, um pedido de suplementação de verbas ao então prefeito Colbert Martins (sem partido). Não há informações se o pedido de suplementação foi ou não aprovado. Lembrando que suplementação é quando há dinheiro, mas é necessário autorização para utilizar.

No dia 14 de janeiro deste ano, Marcos Lima e outros membros da mesa diretora da Câmara, estiveram no prédio anexo para verificar pendências e a possibilidade de retomada da obra. No dia 22 do mesmo mês, em entrevista ao Conectado News, Lima disse que estava avaliando as contas e que teria de fazer cortes.

Em entrevista concedida na manhã desta quinta (6), o presidente do Legislativo disse que os membros da comissão de transição nomeados pela vereadora Eremita Mota não passaram nenhuma informação a respeito das contas de sua gestão após o prazo regimental de 30 dias e que acionará órgãos competentes.

"Houve a solicitação da nossa equipe de transição, tão logo a vereadora Eremita Mota deixou a presidência a sua equipe tinha um prazo de 30 dias para apresentar o relatório, infelizmente isso não aconteceu, não recebemos qualquer informação, por isso tomaremos as medidas necessárias ao bom andamento e esperar que as coisas se resolvam no futuro".

Medidas a serem adotadas 

"Informar aos órgãos competentes, é obrigação minha, se não fizer, estarei sendo omisso, esperamos com toda paciência do mundo o prazo de 30 dias, mas infelizmente, temos que dar o andamento, pois presido um órgão público e jamais permitirei que as coisas saiam do controle".

Marcos Lima disse que o débito com a construtora responsável pela obra do prédio anexo é de aproximadamente R$ 600 mil reais, mas que a informação não era oficial.

"Assumimos a direção da Câmara municipal, mas infelizmente não temos às informações necessárias, convocamos os funcionários efetivos que estavam em Home Office, para dar um apoio, estamos nos organizando as poucos, contratamos também algumas assessorias para nos dar  um apoio, estamos buscando informações junto aos tribunais, pois quando se faz qualquer obra, solicitação, ou contrato, tem que mandar também para os tribunais, por isso esperamos que também estejam lá possamos ter essas informações para resolver, temos o apoio da Secretaria de Planejamento em relação à obra do prédio anexo, também buscando informações com os dois procuradores, sobre a situação da obra, a obra está parada, queremos saber qual percentual foi feito, o que falta, para que se possa tomar as medidas necessárias, não há recursos para poder pagar, inclusive, a obra está parada desde novembro de 2024, não há previsão de quando será retomada. A empresa oficialmente não passou essa informação, mas quando visitamos, disseram que o débito era de R$ 600 mil reais".