Um soldado da Polícia Militar salvou a vida de uma recém-nascida que se engasgou com leite materno na noite do sábado (19) no bairro de São Cristóvão em Salvador. A situação ocorreu por volta das 19:30, quando agentes foram chamados pelos pais da pequena Valentina, de apenas oito dias de nascida, quando perceberam que ela não conseguia respirar e estava com a pele avermelhada. O casal foi até a sede da 49ª em busca de ajuda e lá encontraram o feirense Rafael Freitas, que além de policial militar é enfermeiro e realizou o método de desobstrução de vias aéreas conhecido como Manobra de Heimlich, salvando a vida da recém-nascida. Em entrevista ao Conectado News, Rafael conta como tudo aconteceu.
"Estava me preparando para dar continuidade ao nosso patrulhamento, realmente casos como esse são raros de acontecer, estávamos saindo da unidade no momento, por questão de segundos talvez não estivesse naquele local quando a mãe chegasse, mas, graças a Deus, quando ela chegou com a sua filha sem conseguir respirar, consegui fazer as manobras de primeiros socorros, tendo êxito, porque a vi expelindo a secreção pelo nariz e pela boca, pedi para a mãe sugar com a sua própria boca o nariz e a boca da criança para tentar desobstruir ainda mais as vias aéreas, o que nos deu tempo de deslocamento até a unidade de saúde mais próxima e dar continuidade aos primeiros socorros".
CN – A chamada Manobra de Heimlich, esse método você aprendeu em treinamento militar ou foi como enfermeiro?
Rafael Freitas – Pelo fato de ser formado em enfermagem, tive contato com esse procedimento durante minha formação, me graduei em 2016, mas não cheguei atuar na área, mas esse procedimento é ensinado aos policiais militares, principalmente no curso de formação, a polícia oferece também cursos de educação continuada para os policiais, e de vez quando temos a oportunidade de participar desses cursos, sendo eles de primeiros socorros.
CN – Já ocorreu alguma outra situação em que você precisou usar destes conhecimentos?
Rafael Freitas – Como policial militar foi o primeiro, era policial em outro estado, mas, consegui retornar para a Bahia, tenho 02 anos na Polícia Militar da Bahia, e essa foi a primeira vez que precisei utilizar desses conhecimentos para ajudar a população.
CN - Tem filhos?
Rafael Freitas - Ainda não, ser pai é um sonho que tenho e com fé em Deus poderei contar essa história para o meu filho um dia também.
CN – Qual a sensação após ouvir o choro da criança?
Rafael Freitas - Naquele momento, como todos estavam desesperados, tentei me manter o mais calmo possível e quando ela chorou foi realmente uma sensação de alívio para todos os envolvidos e naquele momento pensamos em aproveitar a oportunidade e levar a criança até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para dar continuidade ao socorro.
CN – Você já teve contato com os pais da criança logo após o ocorrido?
Rafael Freitas – Não, na segunda-feira (21) a mãe e a criança estiveram na unidade e foram entrevistados, mas eu já tinha saído, não estava lá no momento, mas, com certeza deve acontecer esse momento, esse reencontro, gostaria muito de ver que a Valentina está bem, desejo que os pais a criem com todo o carinho e amor que ela merece, é uma guerreira que teve uma segunda oportunidade de vida, naquela noite de sábado, que ela seja criada para o bem, que possa crescer, estudar e se desenvolver para um dia também contar essa história.
Reportagem: Hely Beltrão
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