Dizem que “perder não é bom nem no jogo de palitinho”. Pior ainda, é quando a pessoa ou o grupo “sai na frente”, ganhando algumas partidas, tem torcida ao seu lado, recebe aplausos e não mais que de repente, começa a perder. Neste caso, muitos dos incentivadores, apostadores começam a abandonar o barco, sair um a um e, de uma ora pra outra, quando a pessoa se dá conta, está sozinha, se sentindo abandonada; sem sombra de dúvidas, é constrangedor.
Salvo melhor juízo, essa parece ser a sensação que tem vivido o candidato ao governo da Bahia pelo União Brasil, ACM Neto. Muitos políticos que estavam ao seu lado no 1⁰ turno das eleições pularam fora. Neste momento crucial, até o coordenador-geral da campanha de Neto, o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, político experimentado no cenário baiano em especial, parece ter perdido as esperanças de uma virada do seu coordenado no 2⁰ turno.
Em entrevista recente à Rádio Subaé AM, Ronaldo confessou que “há quase 15 dias tem ficado em Feira de Santana, não está viajando, tem feito muitos contatos e coordenado por telefone a campanha de Neto”. Não estamos aqui para ensinar vigário rezar Pai e Nosso, mas, José Ronaldo, raposa felpuda, como se diz popularmente, sabe muito bem que campanha política não funciona nos moldes do Ensino a Distância (EaD), quando o aluno estuda em casa e vai à instituição de ensino, geralmente uma vez por semana, realizar as atividades propostas pelos professores.
No jogo político não existe o que poderíamos chamar de Campanha Política a Distância - “Capadi”. (Grifo é nosso). Campanha política se faz tête-à-tête, olho no olho. Só assim o candidato consegue conquistar o eleitorado, embora estejamos vivendo períodos nos quais as redes sociais possibilitam reuniões online. Ainda assim, o eleitor(a) gosta da conversa, do aperto de mão, do tapinha nas costas, do abraço e até do “choro emocionado” do candidato.
Considerando, pois, a entrevista de José Ronaldo quando afirmou que “está em Feira de Santana” fazendo ligações para os correligionários políticos, resta perguntar: será que Zé Ronaldo jogou a toalha ou está utilizando a sandália de lampião? Explico. Narra a história que o modelo de sandália de Lampião se diferenciava dos outros por um detalhe importante: “o solado retangular, usado pelo Capitão Virgulino para confundir os rastejadores que, diante daquelas estranhas pegadas, não sabiam se o cangaceiro ia ou voltava”. Assim, Virgulino surpreendia e atacava seus adversários.
Por Luiz Santos Radialista e Jornalista
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