Na noite desta quarta-feira (8), deputados federais impuseram uma fragorosa "derrota" ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara Federal, ao retirarem de pauta a Medida Provisória (MP) que havia sido editada como alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF. Com um placar de 251 votos favoráveis e 193 contrários, a MP 1.303/2025 não poderá ser votada pelo Senado e perde a validade.
A MP em questão previa uma arrecadação de mais de 20 bilhões para o próximo ano com o novo Imposto de Operações Financeiras (IOF). No entanto, os deputados de oposição entenderam que não era viável, e que “mais um imposto, diante de tantos outros que já pagamos”, com o que concordamos, ou seja, que realmente pagamos impostos altíssimos seja na esfera federal, estadual e municipal, se considerado o retorno em serviços públicos.
Entendemos que a arrecadação é grande, porém mal administrada pelos governantes que só pensam em arrecadar cada vez mais. Agora, sobre o IOF, os 251 deputados federais que votaram contra o novo imposto não são santinhos, tampouco votaram a favor do povo, mas sim, muitos deles votaram no efeito ‘manada ou Maria vai com as outras’, seguiram seus lideres políticos e os discursos vazios em clima de revanchismo na Tribuna da Câmara Federal, o que ficou claro na ‘derrota do governo’.
Após ouvir especialistas e opiniões diferentes sobre o IOF, cheguei à conclusão que seria muito bom se os deputados contrários ao IOF tivessem esse mesmo interesse, quando votam contrário ao povo, ao votarem no Fundo Eleitoral. Para que o leitor tenha uma ideia, somente para o ano de 2026, este fundo sairá de R$ 1 bilhão para R$ 4,9 bilhões, valor este destinado ao financiamento das próximas eleições.
Outro exemplo - ou mau exemplo - de destinação do erário público diz respeito às emendas de transferência especial, conhecidas popularmente como emendas PIX. Neste caso, de acordo com informações colhidas, o valor empenhado pelos parlamentares com essas emendas, de 2020 a 2024, subiu de R$ 615,87 milhões para R$ 7,65 bilhões - um aumento de 2.036,97% em apenas cinco anos. Além do que, são valores, em muitos casos, destinados para municípios/estados cujos acordos são feitos entre quatro paredes, sem que o povo saiba.
Assim, diante do que estamos acompanhando - as discussões sobre o IOF - a pergunta que fica é: Foi uma derrota do governo Lula ou do povo brasileiro?
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