Uma propaganda nos anos 90 dizia não basta ser pai, tem que participar. Ainda outros dizem que a Família Real não tem que ser honesta. Ela tem que apresentar a honestidade a sociedade para que todos vejam.
Alguns cargos possuem uma liturgia que não têm como você desvencilhar a pessoa pública da privada, ou seja, diferenciar a maneira como ela se veste, anda, o lugar que frequenta, os momentos íntimos, resenha entre amigos e família, tudo isso vão estar associados a pessoa pública. Não tem como em um determinado momento da vida alguém agir de uma forma e depois agir ou reagir de outra maneira.
O presidente da república, Jair Messias Bolsonaro(sem partido), precisa entender que ele é o representante da nação com mais de 20011 milhões de habitantes e não de um grupo de puxa- saco, chamado por alguns de apoiadores. Ele tem que agir como presidente 24 horas por dia, 30 dias por mês e 365 dias no ano, ou enquanto estiver no poder. Por isso ele deve satisfação a todos nós.
Ontem ( 23 de agosto de 2020), um repórter perguntou ao presidente sobre os valores que Fabricio Queiroz, ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, fez(depositou) nas contas da primeira dama Michele Bolsonaro, Jair Bolsonaro agiu com uma “delicadeza” que lhe é peculiar, ameaçando agredir o colega do jornal (O Globo) ao ser questionado. Mas todos sabem que Bolsonaro nunca foi e nem será educado. Quem o conhece dos tempos da câmara dos deputados já sabe. Um homem que tem gosto de sangue na boca, quando não tem com quem brigar, briga consigo mesmo ou até com a sua própria sombra. Não é um homem polido, educado, aliás se fosse civilizado tiraria de letra a pergunta do colega jornalista e não teria partido para o ataque, ameaçando o repórter de espancamento, se igualando a alguns adolescentes brigões.
Para aqueles que defendem a atitude de Bolsonaro, afirmando que ele estava apenas defendendo a família, vai o meu repúdio: não é essa a atitude (ríspida e intrigante) que nós brasileiros esperamos da maior autoridade do nosso país, a qual nos representa. Precisamos de pessoas que sejam e vivenciem a paz e não a violência.
É importante saber que o jornalismo é assim: Feito de questionamentos Onde? Como? Quando? E porquê? Fora isso, tudo é publicidade, o bom jornalista é questionador, está sempre atualizado e por dentro dos assuntos, elaborando sempre boas perguntas, as vezes nem tão agradáveis ao entrevistado, mas tentando extrair o máximo de conteúdo, afinal só a verdade interessa tudo o que o povo gostaria de saber.
Como o ditado diz que “a corda só quebra para o lado mais fraco”, isso realmente acontece. Eu mesmo já fui vítima desse tipo de atitude agressiva que o jornalista sofreu. Se fosse ao contrário, o repórter seria algemado e preso em flagrante por delito de ameaça, desrespeito a autoridade, ou outras acusações. E sabemos que o Código Penal Brasileiro, Artigo 147 prevê pena de até seis meses de prisão, ou pode ser revestida em multas ou prestação de serviços .
Não estou sendo corporativista com o colega que nem conheço, porém estou sendo justo e pregando a não violência, afinal gentileza gera gentileza.
Por Luiz Santos
Foto:Divulgação
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