O poder subiu à cabeça

Infelizmente é mais comum do que se imagina. Algumas pessoas quando conseguem ocupar um lugar ao sol são enebriadas pelo poder, se acham poderosas demais e deixam esse cargo “subir literalmente à cabeça”.

Refiro-me ao que está acontecendo na Câmara Municipal de Feira de Santana na Bahia. Alguns edis estão se achando poderosos demais, quiçá, querem se assemelhar a Primeiro-ministro da Inglaterra, e sem um mínimo de humildade. 

Desde quando cheguei à Princesa do Sertão, há exatos 16 anos, sem generalizações, essa talvez seja, até então, uma das piores legislaturas da história dos 188 anos de emancipação política de Feira  de Santana. Volto a repetir: não generalizando. Temos bons legisladores. Também não estamos suscitando discussão quanto a grau de escolaridade ou nível intelecto-cultural, as observações são muito mais ligadas a questões morais mesmo.

Praticamente todos os dias têm bate boca naquela casa legislativa. Denúncias, às vezes, infundadas; ataques à honra; xingamentos; desrespeito religioso enfim, e nada de discussões construtivas que melhorem a cidade e a vida da sociedade feirense. Já passou da hora de alguns vereadores calçarem a sandália da humildade, erguer a cabeça e não deixarem o poder subir à cabeça.

Bom lembrar que não é somente no legislativo feirense que isso acontece. Alguns secretários municipais e chefes de autarquias também agem assim, esquecendo que o povo é soberano e é justamente esse povo oprimido quem os colocaram no poder, e esse mesmo povo pode retirá-los.

Por Luiz Santos radialista e jornalista