Salvo melhor juízo, tem coisas que só acontecem na política brasileira. Por aqui, aqueles que têm patentes superiores, às vezes, têm que se submeter aos caprichos do que têm patentes menores. Pelo menos em nível nacional é o que acontece com o General do Exército brasileiro, Antonio Hamilton Martins Mourão, que exerce um cargo inferior, de vice-presidente do Brasil, e tem que se submeter às ordens de um capitão, também do Exército, o presidente da República Federativa do Brasil Jair Messias Bolsonaro (sem partido).
No plano local, Feira de Santana, o coronel da reserva e ex-comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL), Luziel Andrade, que recentemente ocupava cargo de confiança ligado ao governo do estado da Bahia, nesta quarta-feira, 25, surpreendeu a todos ao ser nomeado para o cargo de secretário-executivo do Conselho de Proteção e Defesa Civil ligado à Secretária de Prevenção a Violência (Seprev). A Secretaria tem como titular o Major Moacyr Lima dos Santos a quem, a partir de agora, o coronel Andrade terá que seguir as ordens.
A ida de Luziel Andrade não surpreende. Conheço Andrade há mais de duas décadas, desde que ele era capitão e exerceu cargo de confiança e coordenou a 11ª Circunscrição Regional de Trânsito, conhecida como 11ª Ciretran) em Santo Antonio de Jesus, quando o grupo Carlista comandava a Bahia e o médico Ursicino Pinto de Queiroz (Ursicino Queiroz) ocupava o cargo de deputado federal. O deputado era um dos caciques da política Santo-Antoniense Luziel era o “queridinho do grupo”.
Os anos se passaram, Luziel Andrade exerceu vários cargos de confiança, por mérito – que fique registrado -, dentro da PM-BA e agora, após ser aposentado, volta ao ninho da política “da direita” baiana. Alguns “esquerdistas” não gostaram da ida de Andrade para o grupo Colbesista; outros entendem que é uma traição. Particularmente não penso assim. Luziel Andrade é um técnico da segurança pública, mas nunca foi e nunca será esquerda, sempre estará ao lado daquele da direita que estiver no poder.
Resta saber se o coronel vai bater continência para o Major, vai seguir suas ordens ou vai ser daqueles que entende que CORONEL É CORONEL, independente do cargo que está exercendo.
Por Luiz Santos radialista e jornalista
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