Outro dia eu conversava com um amigo de Cruz das Almas, Pedro Torres, sobre as festas brasileiras. Falamos de Ano Novo, Carnaval, Semana Santa, São João, São Pedro, Dia das Crianças e Natal. Nisso ele indagou: “Carlos, qual a melhor festa brasileira pra você?” E eu o respondi que é o São João. E passei a explicar o por que.
Entre tantas explicações fiz ver a ele que é no São João que costumamos fazer visitas de casa em casa e interpelar para os donos da moradia “São João Passou por aí? Tudo isso como treta para encostar e saborear um licor, amendoim, canjica e tantas outras deliciosas guloseimas típicas; e segui dizendo que é no São João que se pode sentar à beira de uma fogueira e comer um milho assado ou cozido; é no São João que se faz “Batismo de Fogueira” e se criam laços entre pessoas seja para serem “amigo”, “cumpadi”, “cumadi”, “afiado” e até noivos.
E para não citá-lo tantos outros motivos, disse que é no São João que podemos ver ruas, vilas, arraiás e tantos outros lugares enfeitados com balões, bandeirolas e fogueiras à espera do povo que sentados ao seu redor “jogam” conversa fora e dançam um bom forro pé de serra, especialmente no nordeste brasileiro. O amigo Pedro, ao telefone, concordou, acrescentando que “nesse período boa parte das casas visitadas, em maior ou menor quantidade, sempre têm uma iguaria da época para oferecer”.
Na seqüência eu disse ao amigo Torres que esse será o segundo ano em que a festa de São João diferirá de tudo o que estamos acostumados. Primeiro já não estão mais entre nós 504.717 vítimas fatais da covid-19 e até agora somente 11.52% de brasileiros receberam a segunda dose da vacina contra a doença, com registro de aumentos de casos e de mortes. Segundo dados do estudo “Efeitos da pandemia na alimentação e na situação de segurança alimentar no Brasil”, divulgado em 13.04.2021 no site www.nexojornal.com.br, a situação de insegurança alimentar “já atinge mais da metade dos lares brasileiros e em 15% dos domicílios brasileiros há privação de alimentos e fome”.
Apresentamos nossos mais profundos sentimentos a tantas famílias que perderam entes queridos para a covid-19. Apesar que para alguns o vírus foi “superdimensionado” e causou “histeria” sem que passasse de uma “gripezinha” que já estava “começando ir embora” deste país de “maricas”, e que “se você virar um jacaré” com essas máscaras “prejudiciais” sabe que a pandemia não foi está sendo usada “politicamente”.
Assim, mesmo sem que possamos nos abraçar, dançar agarradinho e comemorar tudo o que a festa oferece, recomendamos sim o distanciamento social, uso de máscara enfim, todos os cuidados necessários para que tudo isso possa passar logo. Afinal, cloroquina não tem comprovação científica, VACINA SIM. Ano que vem, com fé em Deus, comemoraremos o São João, a melhor festa do mundo.
Por Carlos Alberto professor e radialista
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