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Até quando serviremos de base para a pirâmide da desigualdade?

Por Luiz Santos

12/05/2021 05h50 Atualizada há 4 anos
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Foto Redes sociais
Foto Redes sociais

 

Segundo dados divulgados pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), o valor da cesta básica em Feira de Santana, atualmente, está em R$ 413,09, tendo como base o mês de abril; isso representa uma queda nos preços de 0,95%. No entanto, no Brasil, segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança  Alimentar e Nutricional (RBPSSAN),116,8 milhões de pessoas vivem em insegurança alimentar, ou seja, passam fome, não têm renda suficiente para fazer as refeições diariamente. Esses dados são perceptíveis em Feira de Santana, quando andamos nas periferias nos deparamos com essa realidade, são pessoas em extrema pobreza, famintas, catando lixo para sobreviver e, às vezes, não nos damos conta dessa triste realidade.

Mas diante desse quadro cruel, um fato chocou aqueles que têm sentimentos: como os políticos brasileiros parecem não ter coração, zombam da nossa cara com o nosso dinheiro, fruto do nosso suor. O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, recentemente almoçou em uma churrascaria na qual o quilo da picanha custa uma bacatela de nada mais nada menos que R$ 1.799,99, valor que daria para alimentar ao menos 4 famílias com cestas básicas no valor R$ 449,75, superior ao cálculo feito pela Uefs.

Nada contra o churrasco do presidente Bolsonaro ou qualquer outro político, se esse valor pago no kg da picanha saísse do bolso deles, se pagassem com seu salário. Mas, ver alguém gastando o nosso dinheiro é um tapa na nossa cara.

E como diz Zeca Pagodinho: é caviar, picanha de R$ 1.799 o quilo, eu nunca vi, nem comi, eu só ouço falar. 

Para não dizer que não falei de flores, Bolsonaro não é o único que gasta de forma desordenada o nosso dinheiro, são todos(as) eles(as) que fazem festa com o nosso dinheiro.

É por isso que no Brasil a desigualdade cresce de forma galopante e a violência só aumenta. Até quando esses opressores, famintos contribuintes da miserabilidade vão nos pisotear?

Não queremos picanha de R$ 1.799 o kg, mas também não precisamos passar fome para alimentar essa gente sem coração.

Até quando serviremos de base para pirâmide da desigualdade?

 

Por Luiz Santos

 

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