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Artigo Pimenta

A pimenta no nosso olho arde no do vizinho é refresco

Por Luiz Santos

19/02/2021 20h38 Atualizada há 4 anos
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Desde da minha infância ouço essa frese “a pimenta no meu olho arde no do vizinho é refresco”, uma alusão que mostra claramente que muitas vezes somos egoístas, sempre nos importamos com nós mesmos e não com o próximo. Sempre procuramos amenizar ou nos autopromover sempre puxando brasa para nossa sardinha, sempre querendo legislar em causa própria.

O deputado federal  Daniel Silveira (PSL-RJ) preso em flagrante pela PF por determinação do ministro Alexandre Moraes (STF), depois de fazer postagens nas redes sociais em defesa do Ato Institucional número 5 (AI5), decreto que na época da Ditadura Militar em 1964 fechou o congresso nacional, criou a censura prévia, ministros do STF foram cassados. Foi uma verdadeira desgraça na vida dos brasileiros, que hoje só lembramos na história, mas nunca mais queremos reviver tal história tenebrosa.

Mas como dito o deputado, que foi eleito graças a democracia que hoje existe no Brasil, prega abertamente essa atrocidade. Se valendo desta democracia, vai as redes sociais defendendo a liberdade de expressão, fala um bocado de asneiras, coisa se estivéssemos diante do AI5 ele jamais poderia se expressar, no entanto, o que chamou atenção foi uma postagem atribuída ao famoso Robocop travestido de deputado, onde ele afirma que audiência de custódia, onde um juiz analisa se um criminoso  pode ser liberado, ou permanecer preso, para Daniel Silveira é coisa de bandido, ele não defende em hipótese nenhuma a audiência de custódia, mas ontem ele precisou, mas por ironia continuou preso.

Eu sou jornalista não sou profissional do direito, e por isso não posso opinar se a prisão do deputado é legal ou ilegal, embora tenha ouvido diversos juristas discordando sobre a prisão do deputado, se o STF extrapolou ou não os seus limites.

Como profissional da comunicação defendo sim a liberdade de expressão, mas não podemos trocar liberdade com libertinagem, não podemos nos aproveitar da liberdade de expressão para cometer crimes.

Por Luiz Santos 

 

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