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Banco Central da Argentina fecha acordo de US$ 20 bilhões com os EUA para tentar conter crise do peso

O acordo faz parte de uma estratégia de estabilização antes das eleições.

20/10/2025 21h02
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Divulgação /The Official White House
Divulgação /The Official White House

O Banco Central da Argentina anunciou nesta segunda-feira (20) um acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. O objetivo é fortalecer as reservas internacionais e tentar conter a desvalorização do peso argentino, que vem batendo recordes negativos nas últimas semanas.

Na prática, o acordo permite que os dois países troquem moedas temporariamente, dando à Argentina acesso imediato a dólares em momentos de instabilidade. Segundo o Banco Central argentino, a medida vai “reforçar a capacidade de resposta diante de episódios de volatilidade nos mercados de câmbio e de capitais”.

O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que o acordo faz parte de uma estratégia de estabilização antes das eleições parlamentares de 26 de outubro, quando o partido do presidente Javier Milei tenta ampliar sua bancada no Congresso.

Milei, que governa com uma política econômica ultraliberal e de forte austeridade fiscal, enfrenta pressões políticas e econômicas. O país vive escassez de dólares, inflação superior a 250% ao ano e sucessivas quedas do peso.

Mesmo com o anúncio do acordo, o peso argentino voltou a cair nesta segunda-feira, chegando a 1.476 por dólar, uma nova mínima histórica. Isso mostra que o apoio dos Estados Unidos ainda não foi suficiente para conter a desvalorização.

O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que os EUA continuarão apoiando financeiramente a Argentina enquanto o governo de Milei “mantiver boas políticas econômicas”, independentemente do resultado das eleições.

O que é um swap cambial?

É uma operação em que dois países trocariam moedas entre si por um período determinado. No caso da Argentina, o governo pode usar os dólares recebidos dos EUA para intervir no mercado e tentar segurar o valor do peso.

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