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Deus me proteja de mim e da bondade de gente boa

Por Hely Beltrão

25/07/2025 07h31 Atualizada há 2 meses
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
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O título deste artigo remete a música "Deus me Proteja", de 2017, do meu conterrâneo Chico César, com a letra que vem bem a calhar nos dias atuais, sendo possível fazer um paralelo com aquele antigo ditado: "preste atenção nas ações, não nas palavras".

Minha falecida avó me dizia que fazer parte de uma religião torna a pessoa mais "humana", ou seja, uma pessoa melhor. Mas não é bem assim. Vivemos em um mundo onde pessoas de diversas religiões cometem crimes, como roubo, homicídio e pedofilia, com o acobertamento das instituições. Líderes religiosos que se valem do momento de fragilidade de uma pessoa para, em nome da fé, enriquecerem e construírem patrimônio em cima delas. Os pulpitos das igrejas se tornaram palanques políticos, onde Jesus deixou de ser adorado, dando lugar a ideologia política.

Em contrapartida, pessoas que são conhecidas como ateus ou satanistas, fazem mais caridade e mostram mais amor ao próximo que os ditos cristãos. Trago dois exemplos. O jornalista Ricardo Boechat, que nos deixou em 2019, aquele mesmo, que mandou ao vivo no rádio o pastor Silas Malafaia "procurar uma rola", era ateu assumido, mas segundo depoimento da viúva e de muitos amigos, ele era uma pessoa muito generosa e praticava a caridade.

Outro exemplo, mais recente, é o do pai do Heavy Metal, Ozzy Osbourne, falecido esta semana. Devido ao estilo que se vestia em suas apresentações, era tido como um satanista, embora, publicamente diversas vezes ter afirmado acreditar em Deus. No dia 5 de julho, o cantor fez um show, onde foram arrecadados cerca de US$ 190 milhões de dólares, equivalente a R$ 1 bilhão de reais na cotação atual, destinando todo o valor a instituições de caridade.

Na política, muitos acreditam que ser de esquerda, é matar a fome do próximo, lutar contra o racismo, homofobia e por justiça social. É fato que não podemos generalizar, mas conheço pessoas ditas de esquerda, que são homofóbicas, racistas e não dão um prato de comida a ninguém, outras que se dizem de direita, que são exatamente o oposto.

A lição que fica é: preste atenção nas atitudes, não nas palavras.

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