A comerciante Marília Nascimento denunciou ter sido vítima de agressão física no último domingo (25), no bairro Viveiros, em Feira de Santana. Ela acusa o presidente da Associação de Moradores do Conjunto Viveiros, Júnior Andrade, e seus irmãos, Lucas Andrade e uma terceira pessoa conhecida como Sabota, de tê-la espancado junto com seu esposo durante uma tradicional festa no bairro.
Na manhã desta sexta-feira (30), Marília esteve na Primeira Delegacia Territorial, localizada no Complexo Policial do Jomafa, acompanhada de familiares e do advogado Armênio Seixas Júnior. Em entrevista ao Conectado News, ela detalhou o episódio e as consequências físicas e emocionais da agressão.
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“Minha situação não está boa. Visivelmente, quem me conhece está vendo como estou. Passei por cirurgia no rosto devido à fratura no nariz e estou com muitas dores e vômitos. Hoje terei que retornar ao hospital para avaliar meu estado de saúde e solicitar uma ressonância, pois continuo com dores na cabeça”, relatou a comerciante.
Segundo Marília, a agressão foi coletiva e motivada por perseguição pessoal e política. Ela afirma que há anos sofre tentativas de boicote em seu trabalho durante os eventos organizados pela associação. “Não foi a primeira vez que tentei trabalhar nessa festa. Tenho 20 anos de estrada com minha barraca, rodo a Bahia inteira. No ano passado, grávida, trabalhei até o final do mês de maio. Mas esse ano, eles fizeram de tudo para me impedir de trabalhar. Mudaram o local da festa de forma proposital, já que meu comércio era na praça anterior”, disse emocionada.
Marília também revelou que há registros em vídeo do momento em que populares presenciaram e repudiaram a agressão. “Tem um vídeo em que as pessoas gritam, clamam por justiça. Foi uma covardia. Eles deformaram meu rosto e ainda estavam comemorando no bairro enquanto eu estava no hospital”, desabafou.
O advogado Armênio Seixas afirmou que o caso será tratado como lesão corporal de natureza grave, e que todas as providências legais já estão sendo adotadas. “Vamos acompanhar de perto este processo, cobrando celeridade nas diligências e buscando a responsabilização criminal e civil dos envolvidos. Marília foi brutalmente agredida por três pessoas da mesma família e está impossibilitada de trabalhar devido aos ferimentos”, pontuou.
Ainda de acordo com o advogado, os acusados passarão a figurar como investigados no inquérito, podendo ser indiciados e posteriormente denunciados pelo Ministério Público. O caso segue sob investigação da Primeira Delegacia Territorial de Feira de Santana. Até o momento, os acusados não se pronunciaram publicamente sobre as acusações.
Com informações: Luiz Santos
Por: Mayara Nailanne
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