O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, colocou em liberdade provisória, neste sábado (9), o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República Jair Bolsonaro. Cid era, além de ajudante de ordens, amigo fiel da família Bolsonaro. Dizem, inclusive, que tem todas as qualidades de um "cão fiel", porém, como um bom "cão", quando maltratado pode se revoltar e atacar os seus tutores para se defender.
Depois de permanecer na cadeia por alguns meses, o tenente-coronel Mauro Cid parece estar revoltado e seus familiares, incluindo seu pai, o general da reserva do Exército, Mauro César Lourena Cid, que está sendo pressionado para abrir a boca e delatar o ex-presidente Bolsonaro e contar tudo que sabe sobre as joias sauditas, a falsificação do cartão de vacina, golpe contra a Democracia e tudo o mais que sabe, pode ser a "bala de prata, o tiro certeiro" que atingirá em cheio Bolsonaro e bolsonaristas.
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Cid está sendo considerado o "homem bomba", aquela que, "se explodir", "se estourar" tudo o que sabe, os estilhaços atingirão muita gente. Segundo o jornalista Ricardo Noblat, em artigo publicado no site Metrópoles, com a delação Mauro Cid "corre risco de pagar com a vida, visto que nesse momento é considerado uma espécie de caixa-preta na qual guarda muitos segredos da família Bolsonaro". Existe, inclusive, quem considere que Cid preso estaria muito mais seguro.
A situação do Mauro Cid fez lembrar o dia 23 de junho de 1996. Naquela data o empresário Paulo César Siqueira Cavalcante Farias ou simplesmente, PC Farias, pessoa muito próxima ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, juntamente com sua namorada, Suzana Marcolino, foram assassinados e até hoje gera muitas discussões, inclusive sobre a autoria.
Sobre o caso PC Farias, embora a polícia de Alagoas tenha concluído o caso como sendo "homicídio, seguido de suicídio", no imaginário de muitos brasileiros e brasileiras, incluindo este profissional que vos escreve, não acredita nessa versão.
Diante do relato trazido por Noblat, alguns membros do Exército temem pela vida de Mauro Cid, e há de se questionar: será Mauro Cid o novo PC Farias? Obviamente torcemos para que um fato triste como aquele (caso PC Farias) jamais aconteça no Brasil, tampouco que as autoridades competentes não possam dar proteção a Cid, exceto aquela falsa sensação de segurança que deram à líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, morta no último dia 17 de agosto em Simões Filho.
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