"Não agredi, nem roubei ninguém, porque me bateram?", questiona foliã agredida pela PM na Micareta de Feira

O saldo geral da Micareta de Feira de Santana 2023 no que se refere a violência foi positivo, porém, começaram a ser divulgadas nas redes sociais, imagens da ação policial no dias 04 dias de festa, onde alguns foliões alegam terem sido agredidos pela Polícia Militar sem justificativa, é o caso de Natalia Caroline Oliveira da Silva, que foi agredida pelos policiais sem motivo aparente conforme vídeo abaixo.

Em entrevista ao Conectado News, Natalia disse que estava apenas dançando, não viu os policiais chegando e que foi agredida sem motivo algum.

"Na madrugada do sábado para domingo, estava dançando de costas, não vi os policiais em momento algum, porque se tivesse visto, me retiraria, e quando percebi já tinha tomado uma primeira cacetada, depois outra, quando questionei o motivo, tomei uma terceira cacetada, dessa vez de uma policial feminina, fui agredida por três policiais militares do número 3850D, não sei se eles são de Feira de Santana, não sei se aconteceu algo com eles para me agredirem dessa maneira, hoje (terça (25) compareci a delegacia, pois no dia que fui agredida e pensei em prestar queixa, meu esposo disse: como é que você vai provar? Mas Deus é tão maravilhoso que enviou um anjo que filmou no momento exato. Eu ainda pensei em pegar o nome deles, só que na hora da agonia me atentei, só questionei o porquê, pois também bateram na minha sobrinha que estava ao lado", disse.

Natalia afirmou ainda que pretende procurar o Ministério Público, pois está situação não pode ficar impune.

"Já fiz o corpo de delito, vou ao Ministério Público, corregedoria da Polícia Militar, vou procurar todos os meus direitos. Não pode ficar impune, como aconteceu comigo, não pode aconteceu com outras pessoas, pois fiquei sabendo que aconteceu com várias,  que chegaram para conversar comigo e me dar um apoio, mas não tinha um vídeo para comprovar, muita gente apanhou sem necessidade, estavam agredindo demais, eu não fiz nada, estou indignada com isso, não agredi ninguém, não roubei ninguém, e fui agredida dessa forma,  se batem na minha cabeça, se racha, se fosse uma coisa mais grave? Agora estou sentindo minha lombar, foi onde bateu ela que mora aqui me bateu pegou na minha lombar eu tô sentindo minha lombar, onde bateram, as consequências disso depois, como será?  Vamos ver daqui para frente, estou botando minha cara a tapa, para o que der e vier e eles terão que responder pelo que fizeram", finalizou.

Em nota enviada ao Conectado News, o coronel Adalberto Piton, comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL), informou que as denúncias serão apuradas pela Corregedoria da Polícia Militar e disse ainda que não aceita qualquer tipo de agressão por parte da PM.

Reportagem: Hely Beltrão