Quarta, 27 de Agosto de 2025
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Feira de Santana Manifestação

Moradores protestam contra ação de máquinas na Lagoa Grande, em Feira de Santana

Segundo os manifestantes, máquinas estariam desmatando a área da nascente da lagoa, o que poderia comprometer ainda mais o ecossistema local.

27/08/2025 11h06
Por: Mayara Naylanne
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Um protesto realizado na manhã desta quarta-feira (27) na comunidade da Lagoa Grande, em Maria Quitéria, trouxe à tona um impasse entre moradores e a Secretaria Municipal de Serviços Públicos (SESP). Segundo os manifestantes, máquinas estariam desmatando a área da nascente da lagoa, o que poderia comprometer ainda mais o ecossistema local.

A professora Maria Izabel, uma das moradoras, denunciou que árvores estão sendo arrancadas e questionou a ausência de um projeto que garanta a recuperação ambiental da região. “Estão dizendo que estão recuperando a nascente, mas na verdade estão desmatando tudo. Eu parei a máquina aqui de trabalhar e ela só vai voltar quando apresentarem o projeto de recuperação. Aqui está uma confusão, ninguém vai aceitar que a nascente seja destruída”, afirmou.

Do outro lado, o secretário de Serviços Públicos, Justiniano França, rebateu as críticas e afirmou que a ação realizada pela prefeitura foi de limpeza, não de desmatamento. Segundo ele, o trabalho atende a uma recomendação do Ministério Público Federal para combater o despejo irregular de resíduos sólidos na área ocupada pela comunidade quilombola da Lagoa Grande.

 “Nós recebemos um ofício do procurador da República, Marcos André Carneiro Silva, solicitando informações sobre medidas para combater o descarte de resíduos na lagoa. Enviamos caçambas, retiramos entulhos e lixo acumulado às margens da via. A parte da SESP já foi concluída”, explicou França.

No entanto, moradores contestam. Eles afirmam que além da retirada de entulho, árvores nativas também estão sendo derrubadas, o que pode agravar o impacto ambiental na região.

O secretário pondera que a retirada de espécies como juremas faz parte de um processo de substituição por mudas nativas mais adequadas à preservação da lagoa. Segundo ele, essa medida foi discutida com representantes da Associação Quilombola no último sábado (23).“A intenção é proteger a lagoa e evitar que o descarte irregular de resíduos continue. O trabalho de replantio será realizado para fortalecer a área de preservação”, acrescentou.

Com informações: Luiz Santos 

Por: Mayara Nailanne 

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