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Justiça MPBA

Colégio Helyos é acionado na justiça pelo MPBA

Quinta (23)

24/03/2023 12h46 Atualizada há 2 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Reprodução/Internet
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O Ministério Público ajuizou uma nova ação contra a construção das passarelas que interligam três prédios do Colégio Helyos em Feira de Santana. A medida tem sido contestada pela direção da instituição de ensino, uma vez que o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ) garantiu a manutenção do equipamento.

Essa nova ação foi proposta pela 1ª Promotoria de Meio Ambiente, que tem como titular o promotor de Justiça, Anselmo Lima Pereira. O processo tramita na 2ª Vara da Fazenda Pública de Feira de Santana.

Nesta nova ação, o MP afirma que a medida foi proposta a partir de procedimento instaurado no próprio órgão, a partir de uma representação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur).

A construção está sendo taxada na ação como “conduta clandestina”, conforme o MP descreve no processo. Mas no inquérito utilizado pelo MP para propositura da medida, o órgão afirma que o Colégio Helyos solicitou à Prefeitura, em 2016, autorização para a execução das obras da passarelas, o que afastaria a clandestinidade da construção, segundo os advogados de defesa do Colégio.

AJUSTAMENTO

O MP também nessa nova ação pede a anulação de um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC firmado entre o Colégio Helyos e a Prefeitura Municipal. O TAC foi resultado da ação judicial julgada pelo Tribunal de Justiça da Bahia.

Na ação do TJ, a desembargadora Lisbete Maria Teixeira Almeida Cézar Santos, da Segunda Câmara Cível, determinou que a Prefeitura de Feira de Santana concluísse o procedimento administrativo, com análise dos pedidos apresentados pelo empreendimento.

O Colégio Helyos e a Prefeitura assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta, com o compromisso de o Município garantir a concessão imediata das licenças para a conclusão das obras das passarelas, assim como a liberação do Habite-se. Esse é o objeto principal do TAC celebrado entre as duas partes.

Em contrapartida, o Colégio Helyos assumiria o compromisso de custear, em parceria com a Prefeitura Municipal, obra de urbanização da Lagoa do Subaé. O TAC foi assinado em 22 de novembro de 2021 pelo prefeito Colbert Martins, representantes do Colégio Helyos, o procurador Geral do Município à época, Carlos Alberto Moura Pinho, além dos secretários municipais da SEDUR (Secretaria de Desenvolvimento Urbano), Sérgio Carneiro e Meio Ambiente à época, José Carneiro Rocha. O documento está registrado em cartório.

PROVAS

Em sua defesa o colégio apresentou uma farta documentação, enquanto o MP já foi intimado a fazer réplica. O órgão apresentou suas informações e solicitou ao juiz a inversão do ônus das provas. De acordo com a defesa do colégio, o ônus da prova cabe a quem acusa e a exceção somente se faz quando o acusador é sujeito hipossuficiente. “A questão não se enquadra em nenhuma destas áreas nem o MP pode ser considerado parte frágil em qualquer processo”, argumentou a defesa.

Recentemente, o MP também levou o caso à polícia. A promotora de Justiça, Dila Mara Freire Neves, solicitou que a delegada Ludmila Vilas Boas e Santos, da 1ª Delegacia, interrogasse os proprietários do Colégio, os professores Maria Luiza e Teomar Soledade. Esse procedimento fazia parte de um outro inquérito instaurado pelo MP contra o Helyos.

Em 26 de abril de 2022, a delegada Ludmila Vilas Boas e Santos encaminhou ao MP o relatório de conclusão sobre o pedido. O procedimento policial, conforme a própria delegada, estaria prescrito segundo o Código Penal (artigo 109 e inciso V, citado por ela em relatório).

Apesar de todas as informações prestadas pela delegada Vilas Boas e Santos, o MP voltou a insistir na realização do interrogatório dos professores, contrariando a própria lei penal e a conclusão da autoridade policial, insinuando-se assim suspeição de coação.

A direção do Colégio Helyos também apresentou à Polícia Civil uma farta documentação referente à construção das passarelas. Entre os documentos, foi entregue cópia da perícia técnica judicial, que afastava qualquer risco aos usuários e ao público em geral.

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Reportagem Fabrício Almeida

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