É sempre assim: o rio corre para o mar, a corda quebra para o lado mais fraco e a base da pirâmide recebe a carga servindo apenas para segurar o peso. Como acontece a cada 4 anos os deputados federais, estaduais e senadores reajustam seus próprios salários, consequentemente acontece o famoso efeito cascata em que todos que estão no topo da pirâmide são beneficiados. Governadores, presidente e vice-presidente da República, ministros de Estado, desembargadores, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), todos receberam reajuste salarial de 37,32%, segundo projeto 471/2022, aprovado pelos senhores deputados no ano passado.
Para os altos salários dessa gente sem escrúpulos não existe crise. Os vencimentos deles caem na conta direitinho e na data certa, "não causa nenhum rombo financeiro";
Já para professores, por exemplo, que não recebem qualquer auxílio às vezes precisam trabalhar em dois ou três lugares para ter um salário razoável.
Dificuldades, perrengues, adversidades são enormes e gestores públicos já começam a alegar dificuldades para pagar o novo piso salarial do Magistério, conforme determinado pelo ministro da Educação, Camilo Santana. Com o reajuste o piso do Magistério passa a valer, em todo território nacional, 4.420,55 ao que muitos prefeitos e governadores já disseram que não terão condições de pagar o salário desses valiosos profissionais da educação.
Órgãos como União dos Municípios da Bahia (UPB) e a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) já se posicionaram contra o novo piso alegando que muitos municípios não terão condições de cumprir com a determinação do Ministério da Educação (MEC). Até mesmo o estado da Bahia alega dificuldades em cumprir com o novo piso salarial.
É sempre assim. Tal qual acontece muitas vezes na iniciativa privada, onde alguns patrões querem sugar do trabalhador, tem gestor que não estão preocupados em pagar bem aos funcionários e pensam apenas em si mesmo ou "nos seus", se preocupam tão somente com seu resultado financeiro, com seu bolso.
Muitos prefeitos e prefeitas da Bahia e Brasil afora gastam milhões em festas e acham que é investimento. Porém, não pensam da mesma forma quanto ao salário do servidor público, do trabalhador.
Por Luiz Santos jornalista e Radialista
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