Na quinta (11) um automóvel Chevrolet Meriva ano 2010, pegou fogo e explodiu, na Avenida Tomé de Souza, próximo ao loteamento Morada Tropical, bairro Calumbi em Feira de Santana. Com os rumores de que o incêndio e a explosão do veículo ter sido causada por um cilindro de GNV (Gás Natural Veicular), o Conectado News entrevistou Valderney França, especialista em instalação de GNV em Feira de Santana.
Após assistir o vídeo do momento da explosão e ter conversado com o proprietário do veículo, Valderney afirma que não foi o GNV que provocou a explosão, e orienta acerca dos cuidados que o motorista que possui um carro movido a GNV deve ter.
"Fizemos uma apuração acerca do incêndio ocorrido naquele veículo, quando recebemos o vídeo, olhei, pesquisei, minha equipe que trabalha com GNV e eu fomos atrás para saber mais informações, descobrimos que a explosão não foi provocada por gás natural e sim por um cilindro de gás para ar condicionado. Em contato com o proprietário, ele nos informou através de um e-mail que o carro dele não era gás natural, que aquela explosão ocorreu no momento em que realizava um trabalho de manutenção e instalação de ar condicionado, o fogo atingiu os cilindros de gás de ar condicionado, ocasionando a explosão", afirmou
CN - O índice de acidentes ocasionados pelo uso do GNV é baixo no Brasil?
Valderney França - Existe sim um índice de explosão, bem baixo. Recentemente no Rio de Janeiro aconteceu uma situação dessa, mas foi ocasionado por um cilindro queimado que foi reutilizado. O cilindro quando está queimado perde massa, não tem condição alguma de ser reutilizado. No Rio de Janeiro já ocorreram duas explosões, ocasionadas por cilindro queimado e pessoas não qualificadas pegam o cilindro pintam e colocam para rodar, serviço feito por empresas e pessoas não certificadas no Rio de Janeiro. Estou sempre em contato com pessoas do Rio que são qualificadas na área, sempre trocando informações, sobre procedimentos, acontecimentos, inclusive me ligaram para saber sobre essa explosão ocorrida ontem.
CN - Quais os cuidados que o motorista e o frentista devem ter durante o abastecimento?
Valderney França - Os cariocas me perguntaram por que abrir a mala. Na Bahia temos o costume de abrir a mala para o frentista dar uma olhada para conferir se o carro possui cilindro de GNV, por que pessoas sem conhecimento pegam botijão de gás de cozinha GLP e coloca no fundo do veículo e conectado e quando abastece ocasiona explosão, por isso orientamos sempre a abrir a mala para verificar se de fato o carro possui cilindro, o frentista sempre perguntando como fazer. Sempre tenho reunião com empresas de expressão, para explicar como proceder.
CN - Durante o abastecimento o motorista deve sair do veículo?
Valderney França - Tem que sair por motivo de segurança, por que o passageiro sabe se aquele motorista realmente está usando o cilindro apropriado. Novamente reforço que no ato do abastecimento o frentista tem que verificar a mala para ver se o carro possui um cilindro de GNV, se tem selo do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) passou pela requalificação realizada por empresa certificada, pelo órgão de inspeção aqui em Feira de Santana, tudo certo.
CN - O que causa a perda de massa, a corrosão nos cilindros?
Valderney França - Mal uso do cilindro. Em algumas pick-ups sempre orientamos aos nossos funcionários que instalem o cilindro em um ângulo mais elevado, porque acumula terra e água debaixo do cilindro, ocasionando o apodrecimento, uma camada de ferrugem, é como se identifica a perda de massa do cilindro a olho nu. Isso pode causar um acidente, porque a parede do cilindro vai afinando e perdendo a resistência a pressão.
Confira a entrevista na íntegra em nosso podcast.
Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão
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