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Feira de Santana Moção de Repúdio

"O vereador cometeu um equívoco e feriu o regimento da casa", diz José Carneiro

Moção de Repúdio publicada na quinta-feira (30)

01/07/2022 15h37 Atualizada há 3 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
ASCOM
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Após grande repercussão de uma matéria publicada pelo Conectado News na segunda-feira (27) sobre a existência de 03 vereadores gays na Câmara Municipal de Feira de Santana e no dia (28) o presidente da Casa, o vereador Fernando Torres (PSD) ter usado a tribuna para proferir insultos ao jornalista e editor-chefe do site Luiz Santos, tramitou na Câmara de Vereadores na quinta-feira (30) uma moção de repúdio classificando a notícia como leviana e caluniosa.

De acordo com o Capítulo 5 no artigo 291 do Regimento Interno da Câmara de Feira de Santana, quando a manifestação for coletiva, a Moção precisa estar assinada pela grande maioria dos vereadores, o que não aconteceu, segundo o vereador José Carneiro (MDB) em entrevista ao Conectado News, afirmando que houve um equívoco enorme na publicação da Moção e que o Regimento Interno da Casa não foi respeitado.

"Me surpreendi, porque vi a leitura de uma Moção de Repúdio na sessão da última quinta-feira (30), de autoria do vereador Pedro Cícero (CIDADANIA). Cada vereador regimentalmente tem o direito de elaborar e apresentar a Câmara Municipal uma Moção de Repúdio, mas tem que ser em nome dele, mas pelo visto, a Moção de Repúdio apresentada está em nome da Câmara. Terá que ser votada, passar pelo plenário, ser aprovada e em seguida publicada, no caso específico dessa Moção não foi aprovada e por isso não pôde ser publicada, eu particularmente desconheço, não autorizei, não assinei para publicar, nada contra o Vereador Pedro Cícero, porém, eu, particularmente não dei aval para falar em meu nome, portanto, eu faço parte da Câmara e para ser publicada uma Moção em nome da Câmara, teria que ser consultado, ter a minha assinatura e não passou pela discussão e pela votação no plenário da Câmara Municipal de Feira de Santana", disse.

CN - A Moção teria que ser independente e não da Câmara?

"No meu ponto de vista não foi regimental por que apresentou uma Moção em nome da Câmara, algo que não podia, teria que apresentar em nome dele, a não ser que ele fizesse uma reunião com todos os vereadores para fazer uma Moção em nome da Câmara, não foi feito isso. Uma Moção de Repúdio para que seja publicada tem que passar pelo plenário para ser aprovada, se não for aprovada não pode ser publicada, há um equívoco enorme por parte do autor da Moção de Repúdio, primeiro dizendo que está falando em nome da Câmara, e segundo, publicado sem aprovar, apenas foi lida, não foi discutida e votada no plenário da Casa", reiterou.

Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão

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