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Brasil 5G

Operadoras garantem licenças para 5G no Brasil

O leilão do 5G começou com a venda da faixa de frequência de 700 MHz

04/11/2021 17h13
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Foto REUTERS/Dado Ruvic /Ilustração
Foto REUTERS/Dado Ruvic /Ilustração

 

A operadora Claro arrematou nesta quinta-feira (4), durante o leilão do 5G, o lote B1 da faixa de frequência de 3,5 GHz, pelo valor de R$ 338 milhões. Esse bloco tem prestação nacional e compromisso de levar o 5G em municípios com mais de 30 mil habitantes. O ágio foi de 5,18%. O lote B2 da mesma faixa de frequência teve como vencedora a Vivo, pelo valor de R$ 420 milhões, com ágio de 30,69%. O lote B3 ficou com a TIM pelo valor de R$ 351 milhões e ágio de 9,22%.

O leilão do 5G começou com a venda da faixa de frequência de 700 MHz, que teve como vencedora do lote nacional a empresa Winity II Telecom, que desembolsou R$ 1,427 bilhões, com ágio de 805,84%. A empresa será uma nova operadora de serviço móvel.

Quem também passa a ser uma nova operadora no país é a Brisanet, que levou o lote C4 do Nordeste de 3,5 GHz pelo valor de R$ 1,25 bilhão e ágio de 13.741,71% e o lote C5 por R$ 105 milhões.

A terceira nova operadora do Brasil é o Consórcio 5G Sul, que arrematou o lote C6 (região Sul) por R$ 73,5 milhões. E a Cloud2U se tornou a quarta operadora após arrematar o lote C07 (estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais) por R$ 405,1 milhões.

O leilão, que acontece no auditório da Anatel, em Brasília, continua com a análise das propostas de outras faixas de frequência, divididas em blocos nacionais e regionais. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é a responsável pelo leilão.

As vencedoras do leilão terão a permissão para operar as faixas nas áreas englobadas pelo bloco, com implementação de tecnologia 5G. As faixas de 700 MHz e 2,3 GHz já são usadas para o 4G, que deve ser melhorado antes da implementação do 5G.

Já as faixas de 3,5 GHz e 26 GHz são consideradas “puras”, ou seja, seriam usadas apenas para o 5G.

O 5G é considerado a nova geração da internet, sendo associado a tecnologias como a internet das coisas, aparelhos e veículos autônomos e uso de realidade virtual.

A expectativa do governo é de que o leilão levante até R$ 49,7 bilhões se todos os lotes forem arrematados, com outorga de R$ 10,6 bilhões.

Lotes já leiloados

Primeiro lote- de 10 MHz + 10 MHz na faixa 700 MHz:

A01 (nacional)  – Winitty II por R$ 1,427 bilhões

— Blocos de 80 MHz na faixa de 3,5 GHz.

B01 (nacional): Claro, por R$ 338 milhões

B02 (nacional): Vivo, por R$ 420 milhões

B03 (nacional): Tim, por R$ 351 milhões

C02 (região norte e São Paulo): Sercomtel, por R$ 82 milhões

C04 (Região Nordeste): Brisanet Serviços de Telecomunicações S.A, por R$: 1,250 bilhão

C05 (Região Centro Oeste): Brisanet Serviços de Telecomunicações S.A., por R$ 105 milhões

C06 (Região Sul): Consórcio 5G Sul, por R$ 73,6 milhões.

C07 (Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais): Cloud2U Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos LTDA, por R$ 405,1 milhões.

C08 (setores 3,22,25 e 33): Algar Telecom S.A., por R$ 2,350 milhões.

— Blocos de 20 MHz na faixa de 3,5 GHz

D33 (nacional): Claro, por R$ 80,338 milhões

D34 (nacional): Tim, por R$ 80,337 milhões

D35 (nacional): Vivo/Telefonica, por R$ 80,337 milhões

— Blocos de 50 MHz na faixa de 2,3 GHz

Lote E01 (Região Norte): Claro, por R$ 72 milhões

Lote E03 (estado de São Paulo): Claro, por R$ 750 milhões

Lote E04 (Região Nordeste): Brisanet, por R$ 111,3 milhões

Lote E05 (Região Centro Oeste): Claro, por R$ 150 milhões

Lote E06 (Região Sul): Claro, por R$ 210 milhões

Obrigações

O edital do leilão do 5G, aprovado pela Anatel, prevê algumas responsabilidades para as empresas que saírem ganhadoras do leilão. As contrapartidas foram definidas pelo Ministério das Comunicações.

Disponibilização do 5G em todas as capitais do país até julho de 2022;

Construção da rede privativa de comunicação para a administração pública federal;

Garantia de internet 4G nas rodovias brasileiras;

Instalação da rede de fibra óptica, via fluvial, na região amazônica;

Financiamento dos custos da migração da TV aberta via satélite da banda C para a banda Ku (novas antenas, receptores e a instalação desses equipamentos para famílias de baixa renda);

Garantia de internet móvel de qualidade nas escolas públicas de educação básica

Sobre o edital

A primeira previsão era que o leilão do 5G ocorresse ainda em março de 2020. No entanto, divergências das áreas técnicas do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Anatel adiaram o processo de chegada do 5G no país.

Apesar da aprovação do edital na Corte de Contas em agosto deste ano, a agência reguladora teve que fazer mudanças no texto e, por isso, o certame acabou jogado para novembro.

Entre as alterações feitas, estão a inclusão de compromisso dos vencedores de garantirem internet nas escolas básicas e de instalação de uma rede privativa para o governo.

O texto define que o prazo de outorga, ou seja, direito de exploração das faixas, será de até 20 anos.

Participantes

Ao todo, a Anatel recebeu 15 propostas ligadas ao leilão. Entre as proponentes, cinco são empresas que já atuam na área de telefonia móvel: Vivo, Claro, Tim, Algar Telecom e Sercomtel.

Confira todas as participantes:

Algar Telecom S.A.

Brasil Digital Telecomunicações LTDA

Brisanet Serviços de Telecomunicações S.A.

Claro SA

Cloud2U Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos LTDA

Consórcio 5G Sul

Fly Link LTDA

Mega Net Provedor de Internet e Comércio de Informática LTDA

Neko Serviços de Comunicações, Entretenimento e Educação LTDA

NK 108 Empreendimentos e Participações S.A.

Sercomtel Telecomunicações S.A.

Telefônica Brasil S.A.

TIM S.A.

VDF Tecnologia da Informação LTDA

Winity II Telecom LTDA

 

Fonte CNN Brasil

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