Quarta, 23 de Julho de 2025
(75) 99168-0053
Política Política Nacional

“É a arte da política: não matar o boi e não deixar o freguês sem carne, como faz ninguém sabe”, diz senador Jaques Wagner sobre arrumações para 2026

Feira de Santana

21/07/2025 18h15 Atualizada há 1 dia
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Onildo Rodrigues
Onildo Rodrigues

Por Luiz Santos e Hely Beltrão

Em entrevista concedida na tarde desta segunda (21) em visita a Feira de Santana, no evento do Programa Minha Casa Minha Vida,o senador Jaques Wagner (PT) comentou sobre a arrumação política para disputa do Senado em 2026. De acordo com Wagner, ter três nomes de peso como o dele, Ângelo Coronel (PSD) e do atual ministro da Casa Civil Rui Costa, para concorrer a duas, será um problema, mas acredita que tudo se resolve com diálogo e que nada poderá abalar a relação do PT com o PSD.

"Basta assistirem uma entrevista concedida pelo senador Otto Alencar (PSD) a uma rádio em Salvador, onde ele diz que deixaremos esse assunto para março. Não há chance de quebrar essa relação minha com Otto, do PT com o PSD ou com Ângelo Coronel, a não ser que ele resolva tomar outro caminho, mas isso não vai resolver.  Política se faz com diálogo e entendimento, vamos nos entender, o que eu disse é que teremos um bom problema em 2026, ou seja, temos três bons candidatos, Rui, eu e Coronel, teremos que ajeitar, é a arte da política, “não matar o boi e não deixar o freguês sem carne”, como faz ninguém sabe”.

Sobre o tarifaço, o Wagner, que é líder do governo do Senado, viajarpá aos Estados Unidos com outros 6 senadores, no intuito de negociar com congressistas americanos.

"Estamos vivendo um momento no mundo bastante conturbado, é preciso reconhecer que é a extrema direita, tanto aqui, representada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quanto mundo afora, tem tentado se reorganizar, de uma forma muito perigosa, sempre flertando com o autoritarismo, no momento atual dos Estados Unidos, é direito deles tarifar os nossos produtos, também podemos tarifa-los, não é o que queremos. Enviamos uma carta no dia 16 de maio aos americanos por correspondentes do vice-presidente Geraldo Alckmin, que cuida dos assuntos relativos à indústria e comércio, e até agora não houve resposta. Mandamos uma nova carta cobrando resposta da primeira, eles prometeram para 1º de agosto essa tarifaço, chama atenção, é que não estão fazendo isso por questões comerciais, mas para interferir nas questões internas do país, fazendo uma crítica ao Supremo Tribunal Federal (STF), que na minha opinião é inconcebível, não vamos aceitar que qualquer outro país diga como devemos nos comportar, nós podemos reclamar do Supremo, como o ex-presidente assim o faz, mas não aceitamos que um país estrangeiro diga como é que deve funcionar o Congresso, Executivo ou Judiciário, a soberania brasileira não está em jogo, não se toca, essa é uma decisão do povo brasileiro, mas, se comercialmente ele quer tarifar, penso ser um erro, porque o Brasil não é superavitário para os Estados Unidos, somos deficitários, eles vendem mais para nós do que nós para eles, o normal é tarifar quando outro país vende muito mais para você do que você para ele, em nosso caso, o Brasil perde no comércio com os americanos US$ 7 bilhões de dólares por ano, mas tudo bem, é uma decisão do presidente americano, estarei indo nesse fim de semana com mais sete senadores, inclusive o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD) para os Estados Unidos encontrar com senadores americanos do chamado grupo Brasil, ou seja, que se interessam pelas questões brasileiras, tentar conversar e diminuir, não temos interesse em guerrear, temos uma relação de 206 com os Estados Unidos, sempre fomos parceiros, independente de quem era o governo brasileiro ou americano. É bom lembrar que o presidente Lula quando foi eleito a primeira vez, o presidente americano também era dos Republicanos, as nossas relações foram excelentes, dessa vez, o presidente americano quer tomar o partido do ex-presidente brasileiro e achar que pode meter a mão na soberania nacional, aí não dá para conversar".

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.