Acidentes com motos preocupam PRF: “Motociclista está sempre muito exposto”, alerta inspetora

O número de acidentes com motocicletas preocupa a Polícia Rodoviária Federal (PRF), especialmente pelo alto índice de lesões graves e mortes. A afirmação é da inspetora Lívia Marcelino, que falou com exclusividade ao Conectado News e à Rádio Sociedade News FM sobre os riscos enfrentados por quem utiliza esse tipo de veículo.

“Sem dúvida nenhuma, preocupa. E não só os sinistros, mas também as lesões que eles causam. Muitas vezes, o acidente poderia ser leve, mas pelo fato de ter uma motocicleta envolvida, o condutor está mais exposto e acaba sofrendo consequências mais sérias”, destacou a inspetora.

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Segundo Lívia, acidentes em veículos de quatro rodas com características semelhantes frequentemente resultam em danos menores, mas a vulnerabilidade do motociclista torna os episódios com motos muito mais letais.

A inspetora também destacou os locais com maior incidência de sinistros em Feira de Santana. "A Avenida Eduardo Fróes da Mota, o Anel de Contorno, é uma área crítica. Parte dela é BR, outra parte também. É um trânsito urbano, com muitos veículos circulando em alta velocidade. Essa combinação aumenta o risco", explica.

Ela chamou atenção ainda para um perfil de acidente que tem se tornado cada vez mais frequente: motociclistas que trabalham com entregas por aplicativo. “Nos finais de semana, registramos muitos sinistros com esse perfil. São pessoas que dirigem com pressa para cumprir as entregas, o que aumenta muito o risco de acidentes graves ou até fatais.”

Conduta humana como causa principal

A inspetora afirma que, apesar de fatores como infraestrutura precária influenciarem os acidentes, a grande maioria tem origem no comportamento dos condutores. “Quando falamos em sinistro, falamos também de conduta. Noventa por cento dos acidentes têm como causa alguma ação humana: uso de álcool ao dirigir, ultrapassagens indevidas, excesso de velocidade. Mesmo com boas rodovias e sinalização adequada, se o condutor não estiver consciente, o acidente pode acontecer”, alerta.

A PRF atua com foco tanto na fiscalização quanto na educação para o trânsito. “Nós sabemos que a notificação tem seu papel, mas ela sozinha não resolve. Precisamos dialogar com os condutores. Durante o Maio Amarelo, por exemplo, realizamos várias ações educativas em escolas e empresas. Falamos diretamente com as pessoas para que elas reflitam sobre seu comportamento no trânsito”, explicou.

A inspetora finalizou com um apelo à população para que o período junino seja marcado por responsabilidade e cuidado. “Desejo a todos um São João de tranquilidade. A PRF seguirá em operação, atenta, mas contamos com a colaboração de todos para evitar tragédias.”

Com informações: Luiz Santos

Por: Mayara Nailanne