Feira de Santana entra no radar de fornecedores da BYD para carros elétricos

Durante missão oficial à China, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, destacou o potencial de Feira de Santana como polo estratégico na cadeia produtiva dos carros elétricos. Em reunião com a montadora BYD e cerca de 70 empresários ligados à produção de componentes automotivos, o governador apresentou alternativas para instalação de empresas fornecedoras no estado.

“A BYD não fabrica o carro todo, ela depende de parceiros para itens como vidro, sistema elétrico, freios e embreagem. Já temos sete empresários com data marcada para vir ao Brasil, inicialmente para Camaçari, mas também oferecemos Feira de Santana, Lauro de Freitas e Pojuca como possibilidades”, afirmou Jerônimo.

O governador ressaltou que Feira de Santana, com histórico industrial e presença de fábricas como a de pneus, pode ser uma forte candidata a receber parte desses investimentos.

Além da pauta automotiva, Jerônimo também teve agenda com representantes da Goldwind, empresa chinesa do setor de energia renovável, especializada em soluções eólicas e solares. Um dos temas centrais foi o armazenamento de energia, desafio fundamental para o avanço dos veículos elétricos e para garantir estabilidade no fornecimento.

“Armazenar vento e sol com baterias de grande porte virou prioridade. Aquilo que antes foi ridicularizado — como quando se falava em ‘estocar vento’ — hoje é entendido como essencial para garantir uma oferta contínua de energia”, disse o governador.

A missão na China também marcou a assinatura de 40 acordos de cooperação entre os governos do Brasil e da China, que abrangem áreas como agricultura familiar, infraestrutura ferroviária, energia e inovação tecnológica. O presidente chinês, Xi Jinping, virá ao Brasil em julho para a cúpula do BRICS e também confirmou presença na COP, consolidando uma agenda bilateral intensa.

“Senti muita firmeza no presidente Lula. O que vimos foi um esforço concreto para construir uma nova ordem econômica mundial, baseada em multilateralismo e parcerias produtivas”, finalizou Jerônimo.

Com informações: Onildo Rodrigues 

Por: Mayara Nailanne