O coletivo cultural Raízes do Quilombo, formado por sambadores quilombolas e músicos populares, ficou impedido de desfilar no circuito oficial da Micareta de Feira de Santana, nesta quarta-feira (1º), após um equívoco na organização do evento.
De acordo com informações de bastidores, o diretor do Departamento de Promoções e Eventos Especiais da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer (SECEL), Naron Vasconcelos, teria interpretado que se tratava de um bloco de fanfarra e, por isso, não destinou um trio elétrico ou pranchão para a apresentação do grupo, limitando-se a inseri-lo na programação do circuito.
No entanto, a proposta formal enviada pelo coletivo solicitava especificamente a cessão de um trio ou pranchão, de forma a acomodar a quantidade de músicos e instrumentos envolvidos, além de atender à necessidade de locomoção de mestres e mestras idosos, muitos vindos de distritos distantes da zona rural do município.
A situação foi agravada pela dificuldade de acesso ao circuito no dia de hoje, em razão do grande fluxo causado pela combinação da Micareta com o feriado do Dia do Trabalhador. Sem estrutura adequada e sem a presença do trio solicitado, os sambadores foram impedidos de se apresentar.
Integrantes do grupo afirmam que, até o momento, não há uma definição clara de novo horário para o desfile. A SECEL teria oferecido a possibilidade de se apresentar em datas futuras, mas sem indicar horários ou considerar a agenda dos músicos já comprometidos para os próximos dias. O coletivo estava preparado para sair às 18h15 desta quarta, com camisas vendidas e logística definida.
A ausência de resposta concreta gerou frustração entre os participantes. “É lamentável. A maioria dessas pessoas são de origem humilde, quilombolas, e enfrentaram diversas barreiras para estarem aqui hoje”, afirmou um dos representantes do coletivo.
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