É nítido o distanciamento do grupo de Zé Ronaldo (UB), candidato a prefeito de Feira de Santana na Bahia e o atual prefeito Colbert Martins da Silva Filho (sem partido), neste momento da campanha. Embora o prefeito insista em dizer que seu adversário é o Partido dos Trabalhadores (PT), que tem Zé Neto como candidato, os ronaldistas não querem aproximação com Martins. Isso é perceptível há um bom tempo, e ficou muito mais claro ainda no dia do lançamento da candidatura de Zé Ronaldo.
Naquela oportunidade, Colbert foi vaiado por um grupo de ronaldista. E agora, com o início da campanha no rádio e na televisão desde sexta-feira, 30 de agosto, José Ronaldo tem mostrado e falado sobre o que fez quando foi prefeito e o que vai fazer, se eleito. Ronaldo não mostra nenhuma obra feita por Colbert, a exemplo dos colégios municipais que são referências.
Segundo fontes do Conectado News (CN), nas caminhadas feitas até então por Ronaldo, Colbert não é visto e nem bem vindo. Essa estratégia tem sido uma forma de isolar o prefeito, além de não quererem, em hipótese alguma, os marqueteiros e ronaldistas, a imagem de Zé Ronaldo colada à de Colbert.
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Já escrevemos neste espaço que em alguns municípios, candidatos fazem questão de dizer que têm apoio do prefeito. Em Feira de Santana, o candidato Zé Ronaldo, que, em 2016 teve Colbert Martins como vice e, em 2018, ao renunciar ao cargo de prefeito para concorrer ao de governador da Bahia e voltar dois anos depois, em 2020, e entrar de corpo e alma na campanha de Colbert Martins e o reeleger prefeito, repito, neste momento é nítido o afastamento de ambos, Ronaldo-Colbert.
Para quem acompanha a política brasileira, sabe que é comum essa "retribuição", e isso não acontece somente Feira. Para os ronaldistas, Colbert virou uma espécie de "repelente", ou seja, quanto mais longe melhor. O CN conversou com um ronaldista e esse confessou "de Colbert, queremos distância. Ele [Colbert] próximo, representa riscos, desgaste, derrota", disse.
Resta saber se, no decorrer da campanha, em algum momento, o grupo ronaldista irá se aproximar do grupo colberzista ou se vai se distanciar ainda mais. O tempo e as estratégias de campanha mostrarão.
Por Luiz Santos Radialista e jornalista
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