Por Hely Beltrão
Diariamente, milhares de mulheres Brasil a fora são vítimas da violência, assassinadas, estupradas, violentadas e de muitos outros crimes graves. Leis cada vez mais duras são criadas a fim de proteger o público feminino, um exemplo destas, é a Lei Maria da Penha, criada no ano de 2006.
Nesta parte do texto, me dirijo a uma parcela de vocês mulheres, pois gostaria de entender algo. Por favor, me expliquem os casos que trarei abaixo. Com tantos relatos de violência contra vocês, espera-se no mínimo um bom senso. Sei dos casos onde a vítima permanece com o agressor por conta de uma dependência econômica, mas isto cada vez mais se torna exceção.
Começarei com um caso mais recente, o da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, 39 anos, assassinada no último final de semana. Uma mulher linda, independente, Bacharel em Direito e especialista em Direito e Processo Penal, Licenciatura Plena em Letras, entre outras. O que chama atenção aqui é o seguinte: o seu companheiro, já tinha sido preso por agredi-la e era investigado por outros crimes. Patrícia lidava com esse tipo de questão todos os dias, por já ter atuado no Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (NEAM), da 4ª Coordenadoria de Polícia, no município de Santo Antônio de Jesus (BA). A pergunta que fica: O que faz uma mulher que já foi agredida e lida com as questões de outras diariamente, a permanecer com um agressor? O que levou uma policial a dar prosseguimento a um vínculo afetivo com um criminoso, com quem não tem laço de sangue?
Outro caso que choca, é o do assassino americano Wade Wilson, que está para ser condenado a morte nos Estados Unidos por matar duas mulheres. Em depoimento durante julgamento, Wade disse em juízo, que passou por cima do corpo de uma de suas vítimas até ela virar um espaguetti. O mais inacreditável de tudo, é que ele tem recebido inúmeras cartas de amor de mulheres supostamente apaixonadas, dizendo que ele não merece a pena de morte. Mas, e as vítimas e suas famílias? Pimenta nos olhos dos outros é refresco.
O último caso que relato aqui, é de Francisco de Assis Pereira, mais conhecido como "maníaco do parque", que assassinou 11 mulheres. Pasmem: recebe inúmeras cartas, inclusive com pedidos de casamento. Reitero o pedido que fiz no segundo parágrafo: mulheres, podem explicar isso? Sabemos que existem muitos homens que não são bons pais, maridos e por aí vai, mas, o que leva uma parcela de vocês a enviar cartas a bandidos, assassinos e estupradores?
Façam a sua parte, escolham melhor seus parceiros, pois não adianta cobrar proteção do estado e se envolver com homem sabidamente criminoso, se ele matou e estuprou outras mulheres, a próxima vítima com certeza será você. Depois, caso sobreviva, não adianta reclamar.
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