Nem saiu da casca do ovo e já quer voar

"Formiga quando quer se perder cria asas." "Ainda bem não empenou já quer voar". Ou "entrou no ônibus e já quer sentar na janela". Essas frases se aplicam ao jovem mancebo, de 24 anos que ainda está  engatinhando, o deputado estadual Matheus Ferreira, ou simplesmente Matheus de Geraldo Júnior (MDB).

Matheus, que chegou ao seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), não pelos trabalhos prestados ao povo baiano, mas como muitos outros que estão nos parlamentos brasileiro, porque carregam no seu DNA o nome do pai, do avô, do tio etc. Essa semana Matheus colocou as "asinhas" de fora como um franguinho querendo voar. O deputado afirmou que "espera que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) escolha um nome para concorrer à prefeitura de Salvador entre agosto e a outubro deste ano".

Não é que o Matheus não possa opinar. Mas, na minha modesta opinião, é muito cedo para um deputado neófito na política já querer determinar prazo para um governador definir quem será o candidato da base a prefeitura de um município. Especialmente de  Salvador. Na verdade o motivo maior da pressa do deputado, ao que parece, é ver seu painho Geraldo Júnior como candidato do grupo a prefeito da capital baiana.

Esses deputados herdeiros políticos, que pouco contribuem para para o bem da nação, na sua maioria pensam mas em si mesmos. Diferente da vida profissional de alguns cidadãos ou cidadãs que têm que estudar, cursar uma faculdade quando tem oportunidade, trabalhar horas e horas por dia para mostrar o seu talento e galgar um espaço na política brasileira. Outros, no entanto, basta ter na certidão de nascimento o sobrenome de um político que é fácil chegar ao topo. E muitas vezes é como se fosse o primeiro emprego.

Por: Luiz Santos, Radialista e Jornalista