Diz um ditado popular: "Nada como um dia após o outro". Diria que o ser humano nunca deve zombar da situação do outro, "comemorar a miséria" do próximo, enfim. Aprendi com minha velha e saudosa mãezinha, mulher experiente na agricultura, que "A lei da colheita é certa, não tem pra onde correr. O que plantamos mais cedo ou mais tarde colheremos os seus frutos. Essa é a lei da vida”, dizia ela [minha mãe].
Refiro-me, neste momento, ao ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL) e seus aliados, que estão colhendo os frutos da plantação ou das plantações que fizeram ao longo dos últimos 4 anos. Frases como "vai ficar aí chorando", "isso é coisa de maricas", "chega de mimi" entre tantas outras, eram verbalizadas quase que diariamente por essas pessoas, fosse no cercadinho do Palácio do Planalto, fosse nas motociatas da vida pelo Brasil afora ou em muitos outros cantos deste país. Não deu outra. Agora, estas mesmas frases ou outras de igual teor, passam a ser usadas contra seus criadores, isto é, contra essas pessoas que estão "comendo” dos amargos frutos plantados no passado recente.
A Polícia Federal (PF) começa a bater em portas e prender amigos íntimos do ex-presidente; Bolsonaro passa a prestar depoimentos e "esclarecer" possíveis falsificações de cartões de vacina, recebimento de joias das Arábias; além das investigações sobre rachadinhas, invasão aos Três Poderes, enfim. São tantas denúncias envolvendo o nome do ex-presidente Bolsonaro, tanto na PF quanto no Supremo Tribunal Federal (STF), que só temos a lamentar. Especialmente por se tratar de alguém que se diz líder político no Brasil.
Ante o Bolsonaro de outrora, que se mostrava tão durão, assim como seus aliados, não era para reclamarem tanto de nada. Deveriam encarar tudo com muita tranquilidade, sem choros, sem “mimi”... Afinal, para esses “machões” resta lembrar o que diz o cantor baiano de arrocha, Pablo “Homem não chora”. E mais, chorar é coisa de “maricas".
Por fim, enquanto lamentamos ver mais esses escândalos em nosso país, torcemos para que tudo seja devidamente apurado e os envolvidos punidos, no rigor da lei. Ou esse Bando de “maricas”, vai ficar aí chorando?
Por Luiz Santos, Jornalista e Radialista
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