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O que os meus olhos viram

Por: Luiz Santos

17/04/2023 14h00 Atualizada há 2 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Foto: Luiz Santos
Foto: Luiz Santos

Acompanhei com perplexidade, indignação, insatisfação e dor no coração a operação realizada na sexta (14) pela Polícia Federal e MPT, que resultou no fechamento de uma clínica clandestina de apoio a deficientes mentais. Um caso de trabalho escravo foi configurado, mas a equipe precisou adiar o resgate para encontrar um destino para os 56 internos que viviam na Casa de Amparo Jesus com a Gente o Tempo Todo, com unidades na Rua Rio Madeira, s/ nº - Santa Mônica II e no bairro Lagoa Salgada. Estes são alguns dos sentimentos que posso descrever ao ver um semelhante em completa situação de vulnerabilidade social, situação que dezenas de pessoas estavam quando ocupavam um determinado espaço que não oferece qualquer dignidade humana.

Colchões, camas velhas improvisadas - algumas de cimento sem colchões -, fazem parte do cenário desumano onde os “responsáveis pelo local” usam o nome de Jesus em vão, sem que ofereçam e pratiquem qualquer atendimento verdadeiro e merecedor dos ensinamentos de Jesus Cristo: “amar o próximo como a si mesmo”.

Essas pessoas são daquelas que Cristo mesmo disse, “são sepulcros caiados, bonitos por fora, mas podre por dentro”. Usam da fé para se auto promover, não são dignas do que dizem e pregam, são daquelas “faça o que digo, mas não façam o que eu faço”.

Esse profissional foi o único que teve a oportunidade de adentrar e percorrer aquele espaço. Lá, pude constatar a situação dos internos: muitos com sérios problemas mentais que mal sabem dizer quem são, o dia que está vivendo, de onde são, enfim, são vítimas da exclusão social. Muitos que às vezes as famílias também são vítimas, outros, nem tanto. Fato é que “os responsáveis” pelo local só pensam no dinheiro que recebem de algumas dessas famílias.

Decerto é que meus olhos literalmente lacrimejaram ao ver a situação. O coração deste humilde comunicador ficou apertado ao ver aquelas pessoas vagando pelos corredores daquele espaço enquanto eram atendidas pelas autoridades envolvidas na Operação que visou resgatá-las dos maus tratos sofridos. Que “os responsáveis” possam pagar pelos crimes cometidos.

Por Luiz Santos, Jornalista e Radialista

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Ana Rita da Costa OliveiraHá 2 anos Feira de SantanaSem comentários!
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