O tradicional bloco carnavalesco As Muquiranas, fundado em 1965 em Salvador, tem como tradição no carnaval homens travestidos de mulheres. Ao longo desses mais de 50 anos tem sido uma atração à parte no carnaval de Salvador, sempre lotado. Independente da atração que puxe o bloco, os foliões fazem a festa.
Durante essas 5 décadas o bloco apresentou performance na avenida, como pênis gigante de borracha, agarrando e encurralando homens e mulheres que encontram pela frente, subindo em árvores, camarotes; às vezes colocando a vida dos foliões e outras pessoas em perigo. Para os profissionais de imprensa que cobrem a festa, As Muquiranas quando passam representam um desconforto total.
Equipamentos têm que ser protegidos rapidamente porque alguns vândalos travestidos jogam água e até urina nos profissionais e outras pessoas que encontram pela frente. As Muquiranas sempre foi alvo de algumas polêmicas que, para alguns, pode parecer engraçadas, mas, na verdade não passam de violência, além de brincadeira de mau gosto.
Os anos se passaram e muita coisa mudou. O que era permitido no passado agora é abominável, intolerável, repugnante. E todos nós estamos sujeitos às mudanças e precisamos viver esse novo momento, não aceitando algumas práticas
No carnaval de 2023 foi observado durante o desfile do bloco As Muquiranas, foliões do bloco “encurralando” uma mulher e com uma pistola de plástico cheia d'água deram um banho nessa foliã, sem sua permissão, configurando agressão à mulher. A atitude rotineira do Bloco As Muquiranas gerou revolta, protestos, nota de repúdio por parte do Ministério Público do Estado (MP-BA) e do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que estão apurando o caso e pedem explicações sobre o ocorrido.
O que aconteceu no carnaval de Salvador com As Muquiranas deve servir de alerta e acender a luz vermelha para a direção do genérico de As Muquiranas na Princesa do Sertão, Lá Vem Elas. Esta agremiação quando desfila na Micareta de Feira de Santana tem mania de repetir as mesmas práticas do bloco da capital.
Espera-se que os diretores do bloco de travestidos da terra de Maria Quitéria - que se travestiu e lutou na Guerra da Independência do Brasil -, alertem os foliões da agremiação que tais práticas são criminosas e quem as pratica poderá responder na justiça, além dos próprios diretores do bloco.
Por Luiz Santos Radialista e Jornalista
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