O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) é mesmo um cabide de empregos, e serve muito mais para aposentar políticos com altos salários vitalícios do que propriamente para fiscalizar os maus gestores. Geralmente quando rejeitam contas de alguns prefeitos,deixam brechas para vereadores darem "o famoso jeitinho”, nos moldes conversas entre quatro paredes, e tudo se resolve.
O TCM, pelo menos na Bahia, é o tipo de órgão que praticamente não faz bem, nem mal. Não fede nem cheira, não faz muita diferença para a sociedade que paga caro para manter os famosos conselheiros como os ex-deputados Nelson Pelegrino, Mário Negromonte, Gildásio Penedo e Plínio Carneiro, filhos e filhas de ex-conselheiros e ex-conselheiras, enfim.
Para ser conselheiro do TCM não precisa fazer concurso público, basta ser amigo “dos poderosos” da política baiana e assim será indicado(a). É o que está para acontecer com a ex-primeira dama, a esposa do ex-governador da Bahia e atual ministro-chefe da Casa Civil do governo federal, Rui Costa (PT), Aline Peixoto. Funcionária pública estadual na área da saúde, Peixoto poderá ser “agraciada” com uma das vagas no TCM, “indicação da Assembléia Legislativa da Bahia” (Alba).
Questionados pelo Conectado News sobre a indicação, tanto o governador Jerônimo Rodrigues (PT) quanto o ministro Rui Costa desconversam e dizem que a indicação para a vaga é responsabilidade da Alba. A indicação da enfermeira Aline Peixoto ao TCM não tem nada de ilegal, não há, salvo melhor juízo, Lei estadual ou federal que proíba a indicação da ex-primeira dama ao cargo. No entanto, é muito imoral.
Partindo do pressuposto que perguntar não ofende, pergunta-se: caso a senhora Aline Peixoto fosse servidora pública de qualquer área com a mais vasta experiência e não fosse esposa do ex-governador estaria apta a ocupar o cargo? Caso fosse um concurso público com centenas, ou até milhares de pessoas, disputando uma única vaga será que a senhora Aline passaria em primeiro lugar?
A provável indicação da senhora Aline Peixoto como está sendo cogitada não é a primeira nem a última a acontecer. Não será a última apadrinhada a ser beneficiada com esse presente. Essa imoralidade não acontece exclusivamente na Bahia, infelizmente. No Brasil inteiro tal imoralidade parece norma geral.
Espera-se que essas indicações possam seguir novas regras e seja levada em conta a meritocracia, e não indicações de A. B ou C.
Por Luiz Santos Radialista e Jornalista
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