A herança maldita de Rui Costa

O atual ministro-chefe da Casa Civil, braço forte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT) deixou o comando do Estado da Bahia com avaliação considerada ótima perante os baianos e baianas. Rui cumpriu, segundo órgãos de imprensa, 63 das 144 promessas da campanha eleitoral de 2018, ou seja, o correspondente a 43,75%. Outras 35 promessas foram cumpridas parcialmente, o que equivale a 24,30% fazendo com que o "Rui Correria", como foi apelidado na Bahia, tenha se saído bem na fita.

Rui Costa conseguiu praticamente o impossível: eleger o então secretário de educação do Estado Jerônimo Rodrigues (PT) governador da Bahia. Como eles costumam dizer "é o time de Lula, Wagner, Rui e Otto" e o "time" mostrou que realmente, até o momento, é imbatível na Bahia. Ou como disse certa feita o deputado estadual, Robinson Almeida (PT) "a oposição ganha nas pesquisas e nós ganhamos nas urnas", e ficou realmente provado.

Como nem tudo são flores, o governador Jerônimo Rodrigues, apesar da boa avaliação do seu antecessor, enfrenta dois problemas considerados "herança maldita" os quais têm tirado o sono e sonhos de milhões de baianos e baianas. Refiro-me à famigerada Fila da Regulação que tem matado muita gente e a Violência, onde dezenas de pessoas, em especial os jovens, são assassinados assassinadas diariamente.

São dois problemas graves que Jerônimo Rodrigues terá de enfrentá-los urgentemente e buscar resolvê-los com brevidade, não deixando para amanhã, pois quanto mais o tempo passar mais pessoas podem morrer. Considerados "calcanhar de Aquiles" do atual governo baiano, ainda assim, quando questionado sobre esses assuntos o governador Jerônimo Rodrigues não os considera "herança maldita", até por uma questão de ética. No entanto, contra fatos não há argumentos.

Assim, é hora do governador arregaçar as mangas e estabelecer metas reduzir ou acabar com a Fila da Regulação e combater, veementemente, a violência na Bahia. São, a nosso ver, dois problemas a serem analisados, debatidos e, se possível, solucionados nos primeiros 100 dias de governo.

Por Luiz Santos Jornalista e e Radialista