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Eleições 2022 no Brasil: o que foi dito do Partido dos Trabalhadores (PT)

Por: Carlos Alberto

01/11/2022 08h20 Atualizada há 3 anos
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert

Com o resultado advindo das urnas, seja no dia 02 de outubro pp, quando 14 Estados da Federação e mais o Distrito Federal (re)elegeram seus governadores(as), senadores(as), deputados(as) estaduais/distritais, deputados(as) federais e colocaram na disputa de segundo turno os candidatos à Presidência Jair Messias Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT); ou mesmo até e após o resultado deste domingo (30.10), quando foram conhecidos(as) os(as) doze governadores(as) dos demais estados brasileiros e o novo presidente do Brasil (Lula, se permitem que o trate simples assim), circularam muitas (des)informações, fake news, além de ter acontecido muitas ofensas, brigas, e coisas do gênero.    

Durante todo esse processo eleitoral foi possível ouvir/ler/assistir em alguns canais de comunicação, nas redes sociais ou outros meios, apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), dizer coisas do tipo: “PT nunca mais.” O “PT acabou.” O “PT já era.” Obviamente que isso não tinha qualquer embasamento. Era apenas o desejo de alguns, sem qualquer combinado com o povo, especialmente o povo nordestino. Isso é sabido por todos(as). Mas, o que chama a atenção era e é a forma raivosa como dizem. 

Além do que disseram sobre o PT, foram mais longe e disseram que o candidato do partido “não sairia às ruas”, “não teria coragem de enfrentar cara a cara o povo brasileiro”, e que “sofreria chuva de ovos caso ousasse sair em público”. O candidato não só foi às ruas, não só teve coragem de enfrentar o povo brasileiro, não só não foi alvejado com ovos, como ousou construir uma campanha passiva, que foi agregando apoios, conquistando votos e, por fim, eleito.     

Conhecedor de que alguns apenas reproduzem o que recebem via WhatsApp, sem, no entanto, procurar a informação correta, sem fazer a análise devida, somos levados a informar aos menos informados que em 2014 o PT elegeu 5 governadores(as) – Acre, Piauí, Ceará, Bahia e Minas Gerais -, e reelegeu a presidenta Dilma, primeira mulher a assumir a Presidência da República no Brasil. Nessa época o PT empatava em número de governadores(as) com PSDB e ficava atrás apenas do atual MDB, com 7 governadores(as) eleitos(as).  

Em 2018, mesmo perdendo uma das vagas ocupadas anteriormente pela sigla, o PT passa a ser o partido brasileiro com maior número de governadores(as) eleitos(as), 4 - Piauí, Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte -, seguido pelo MDB, PSB, PSDB e PSL ambos com 3 vagas cada sigla. Em 2022, o PT não apenas consegue manter os 4 Estados aqui referidos, como elegeu pela terceira vez consecutiva o candidato Luiz Inácio Lula da Silva para presidir o Brasil. Desta feita, o partido do presidente eleito empata com o partido do candidato do União Brasil derrotado na Bahia no segundo turno, ACM Neto. O União Brasil vai comandar os Estados do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Goiás.

Ainda sobre o resultado das urnas, sic, em levantamento feito pela CNN Brasil com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que, assim como na Câmara dos Deputados, o Partido Liberal (PL) e o Partido dos Trabalhadores (PT) lideram o número de parlamentares eleitos para as Assembleias Legislativas dos 26 estados e para a Câmara Legislativa do Distrito Federal. O PL, legenda do atual presidente Jair Bolsonaro, fez 129 deputados estaduais/distritais, seguido pelo PT, do ex-presidente e presidente eleito Lula, com 118. Em seguida vêm o União Brasil, com 100, Progressistas (87), Republicanos (76), PSD (78), Republicanos (76), PSDB (54), PSB (54) e PDT (43).

Por fim, Bolsonaro, [o presidente perdedor das eleições 2022], é um homem de quebrar recordes: seja de decretos de sigilo de 100 anos; de imóveis comprados em dinheiro “vivo”; do óleo diesel mais caro que a gasolina; de mentiras diárias; de xingamento às minorias e desrespeito às mulheres; de palavrões; de “pintar um clima” com meninas de 14 anos; de viver às custas do dinheiro público, ele e toda sua família; de [...]. 

Agora bate mais dois recordes: é o primeiro presidente a não se reeleger desde a aprovação da possibilidade de um presidente da República se reeleger, em 1995. É também o primeiro presidente a “sumir” e não se pronunciar após o resultado das urnas, não cumprimentar o candidato eleito. Algumas vontades manifestadas agora podem ser transformadas em perguntas: “PT nunca mais?” O “PT acabou?” O “PT já era?” Basta procurar a informação correta e verão que não. Pelo contrário, os números mostram que partidos como MDB, PSDB, por exemplo, saíram menores. O PT se manteve e elegeu o presidente da República. 

Por: Professor Carlos Alberto

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