É de conhecimento público que nos últimos tempos a emissora Jovem Pan vem fazendo um jornalismo sistemático contra o Partido dos Trabalhadores (PT). A emissora chega a parecer um político de oposição ao PT, além de ter se tornado o principal canal de informação dos defensores do "bolsonarismo" e não faz um jornalismo independente como manda a regra do bom trabalho de comunicação. Isso é fato.
Nesta terça feira, 18, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atendendo ação movida pela Campanha do ex-presidente do Brasil e candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contra a Campanha do atual presidente e candidato à reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL), decidiram, entre outras, conceder três direitos de resposta no programa de campanha de Bolsonaro ao candidato Lula. Desta forma, salvo melhor juízo, o petista poderá rebater críticas feitas a Lula por comentaristas da emissora citada.
Na decisão, o Órgão determinou que os profissionais "não reproduzam afirmações do tipo "Lula ladrão; que o candidato não foi inocentado pela Justiça; que perseguirá cristão, caso seja eleito". Em caso de descumprimento a "multa diária chega a 25 mil reais diárias". Partindo do pressuposto que "decisão Judicial não se discute, se cumpre e discute judicialmente", esse é um lado da história. Porém, não é aceitável a proibição, a censura aos profissionais da Pan bem como de quaisquer outros veículos de comunicação. Isso é grave.
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em censurar as emissoras de Rádio Jovem Pan e TV Jovem Pan News é um retrocesso vergonhoso. Mostra, salvo melhor juízo, que voltamos aos chamados anos de chumbo, aos anos 60 e 70 quando a imprensa brasileira viveu momentos difíceis. Narra a história que naquele período tudo que ia ao ar era analisado pelo Exército Brasileiro (EB). Era esta componente das Forças Armadas Brasileira que dizia o que podia ou não ir ao ar fosse na TV, no Rádio, Jornais, Revistas, enfim. Muitos colegas da imprensa e seus familiares sofreram e foram até presos.
A decisão do TSE, como dito, é resultado de ação movida pela Campanha do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva e acatada pelos ministros do TSE, é muito temerária e representa algo que pode tornar-se pior ainda no futuro próximo. Embora não concorde com a linha editorial dos canais em apreço, inclusive não ouvindo e/ou nem os assistindo, por considerá-los muito “tendenciosos” em relação ao atual presidente da República e candidato à reeleição Jair Messias Bolsonaro (PL), ainda assim, também não concordamos com a medida adotada por aquele Tribunal. Até por que o ouvinte/telespectador é quem deve fazer essa censura, escolhendo o que assistir/ouvir para manter-se informado por exemplo. Não à decisão ditatorial imposta pelo TSE em qualquer que seja o canal de comunicação.
Defendemos a verdadeira Liberdade de Expressão, especialmente na aplicação das Leis. A considerar que a emissora Jovem Pan praticou alguma ilegalidade, algum crime eleitoral ou coisa que o valha que seja punida severamente de acordo com as Leis que regem o assunto, os assuntos, no Brasil. Isso sim seria o correto. Afinal, é “preferível o barulho da Democracia ante o silêncio da Ditadura”.
Por fim, que possamos LEVANTAR A VOZ contra a censura do TSE e contra qualquer outra venha de onde vier. Caso essa moda pegue dentro em breve retrocederemos ao período triste da história do Brasil vivido pela imprensa nacional, voltaremos aos anos 60/70, apesar da modernidade na comunicação. A partir de tal “norma” para que possamos escrever/falar uma linha em quaisquer sitio, rede social, jornal, rádio etc. etc. etc., necessitaremos do “visto” dos senhores ministros do TSE. CENSURA NUNCA MAIS.
Por Luiz Santos Radialista e Jornalista
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