Quando o time não vai bem demite-se o técnico

No Brasil, quiçá no mundo inteiro, quando o time de futebol não tem bom desempenho em campo e perde algumas partidas, principalmente quando perde um clássico, a direção logo demite o técnico. Acredita-se, portanto, que o problema está no técnico e não no elenco, ou às vezes, no próprio presidente que é o responsável direto pelas contratações dos jogadores, dos técnicos enfim.

Assim como acontece com os times aconteceu com a equipe do candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (UB), que, ao longo dos últimos quatro anos, teve José Ronaldo como um coringa jogando em todas as posições. Inicialmente Ronaldo foi candidato ao Senado Federal, depois candidato a governador pelo grupo, foi "cotado" para ser vice-governador na chapa de ACM Neto, e por último tornou-se coordenador-geral da campanha de Neto.

Quando "todos os Ronaldistas" estavam esperançosos e o time entrou em campo sem Ronaldo na vice, o grande clássico, diríamos o verdadeiro Ba-Vi, em 2 de outubro próximo passado, a "equipe" foi surpreendida com os resultados das urnas e, ao que parece, ainda estão atordoados, sem encontrar o caminho para, como se diz popularmente, dar a volta por cima.

Nesta sexta-feira, 14, circulou nas redes sociais um card afirmando "Zé Ronaldo não é mais o coordenador-geral da campanha de ACM Neto". Entrevistado pelo Conectado News, Ronaldo disse "está em Feira de Santana coordenando a campanha e por telefone tem feito vários contatos". Disse também que "a coordenação da campanha agora é dividida por região e tem outros coordenadores". Após a grande repercussão da matéria, Ronaldo, gentilmente, entrou em contato com este veículo de comunicação e esclareceu "que continua na coordenação-geral da campanha".

Como dito no início do texto, geralmente quando o time perde sobra para o técnico. É aquela velha história que diz que "a corda sempre quebra do lado mais fraco". Seja como for, na nossa modesta opinião é isso que estão fazendo com José Ronaldo de Carvalho: fritando-o, rebaixando-o aos poucos. Afinal, neste caso, perde-se "os cabeças", ou melhor, perde-se "o cabeça" na tentativa de não perder a eleição. Quem viver verá.

Por Luiz Santos, Radialista e Jornalista