“Onde passa um boi, passa uma boiada”, diz o ditado popular. Acrescentamos que para o ajuntamento dessa boiada tem que ter bons vaqueiros. Em se tratando da política baiana, ao que parece, passaram alguns bois, mas não a boiada. O candidato ao governo da Bahia pelo União Brasil, ACM Neto que, segundo institutos de pesquisas eleitorais, liderava com ampla vantagem todas as sondagens desde antes da campanha e durante esta, com possibilidades, inclusive, de vencer no 1º turno do pleito, viu todas as “previsões” irem por água a baixo. Todas. Exceto do AtlasIntel que apontava vitória do candidato do PT, Jerônimo Rodrigues.
Salvo melhor juízo, passado o 1º turno, contabilizados os votos e definidos os dois candidatos que disputarão o 2º turno na Bahia, parece que no grupo do candidato ACM Neto falta um “bom vaqueiro", homem de braço forte para segurar a porteira e não deixar ninguém sair. Segundo informações colhidas, muitos políticos (prefeitos/as, deputados/as federais e estaduais) do próprio União Brasil ou que estiverem ao lado de Neto até aqui, resolveram pular fora agora no 2⁰ turno e aderir a campanha do candidato petista.
Diante desse cenário, algumas perguntas parecem necessárias e não querem calar: será que o guarda-chuva petista cabe tanta gente assim? Quais os verdadeiros e reais motivos desse pula-pula geral? São mudanças de lado para defender interesses da população ou estão legislando em causa própria, pensando em cargos? Por que a “ideologia” desse pessoal é tão volúvel assim? Por que muda tão repentinamente como nuvem? Após os questionamentos, lembrei-me de outra expressão: “na política até boi pode voar”, pois na política não existe amigos inseparáveis nem inimigos eternos, tudo muda a toda instante de acordo com a convivência de cada um.
Ainda nessa onda da porteira aberta, informações dão conta que “dos cerca de 100 prefeitos que apoiaram ACM Neto no primeiro momento das eleições, cerca de 60 poderão desembarcar nas hostes petistas”. Entre eles o prefeito de Jequié e atual presidente da União dos Prefeitos da Bahia (UPB), Zé Cocá - do PP; a prefeita do vizinho município de Antônio Cardoso, Lú de Gel - também do PP, entre tantos outros. O certo é que o “fenômeno da passagem da boiada” também está acontecendo em nível nacional entre os apoiadores e apoiadoras dos candidatos à presidência do Brasil, Lula (PT) e Bolsonaro (PL).
Seja como for, espera-se que esse pula-pula das “aves migratórias”, que voam em busca da sobrevivência ou reprodução da espécie, não sejam acometidos do mesmo mal experimentado há 4 anos por Carlos Geilson, que após perder a disputa eleitoral para deputado estadual correu para os braços do atual governador Rui Costa (PT) e depois “voltou pra casa” com a asa machucada, igual andorinha. Mas, que a porteira está aberta, está!
Por Luiz Santos Jornalista e Radialista
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