A revolta dos ‘Ronaldistas’

Dizem os mais antigos ou mais experientes, que “casamento se desfaz até no altar ou na porta da igreja”, mesmo os convidados estando presentes e aguardando o grande momento do SIM, o que para muitos é uma grande decepção. Mas o importante é a felicidade, neste caso, não dos pretensos casados, apenas a vontade de um. Diz, ainda, o ditado popular que “quando um não quer dois não brigam”.

Foi assim, no altar, que o candidato ao governo da Bahia pelo União Brasil, ACM Neto, fez com o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho do mesmo partido: abandou-o na hora do SIM, escolhendo a empresária do ramo da comunicação, Ana Coelho. A candidata a vice, pessoalmente, é completamente desconhecida no cenário político bahiano, porém, é de família tradicional na política e que rivalizou, duelou nos anos 80 com a família Magalhães, do candidato ao governo da mesma chapa.

Em 2010 disse Geddel Vieira Lima “Briga não se transmite via DNA e passado é passado, o importante é o presente”. Mas a decisão de ACM Neto ao não escolher José Ronaldo como seu candidato a vice-governador, não foi surpresa para este que vos fala. Quem lê o conectadonews.com.br e acompanha o programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News, 102.1 diariamente, sabe quantas vezes nos referimos a esse assunto. 

Após o anúncio da chapa liderada por ACM Neto, fato que aconteceu na tarde desta quinta-feira, 4, tive o cuidado de conversar com alguns ‘Ronaldistas’ que se dizem revoltados com a decisão. Dizem, inclusive, os mais exaltados, que darão o troco a ACM Neto nas urnas em outubro próximo. Diante de todo o acontecido, fica a pergunta: será que a operação da Polícia Federal (PF) em Feira de Santana ocorrida no mesmo dia do anuncio da chapa, com apreensão de documentos e equipamentos e pedido de afastamento de dois secretários municipais, contribuiu para essa decisão de ACM Neto, ou tal decisão já era algo planejado, arquitetado?

Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos dessa escolha. Até mesmo se haverá troco dos revoltados ou não.

Por Luiz Santos -Jornalista e Radialista