O homem todo dia pode comer um peixe, porém, no dia em que um peixe come o homem, vira notícia. É de conhecimento público que “vingança é um prato que se come frio”, especialmente da vingança quando se pode e não quando se quer. Em síntese, “um dia é dá caça, outro, do caçador”.
As frases mencionadas parecem se encaixar na votação que reconduziria à Procuradoria Geral do Município de Feira de Santana, na condição de Procurador Geral, o competente advogado, Carlos Alberto Moura Pinho, profissional, respeitado, conhecedor do direito como poucos, homem de conduta ilibada, que neste momento faltam adjetivos para atribuí-lo.
No entanto, salvo melhor juízo, em alguns momentos como Procurador Geral, Moura Pinho estava mais parecendo um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Começou a “bater de frente” e contrariou interesses de edis; fez declarações que mexeu com o ego de alguns legisladores feirense, e tudo faz crer que tenha esquecido que o cargo que ocupa, diferente do cargo de Ministro do STF que tem estabilidade, é cargo vitalício, no caso da Procuradoria Municipal o tempo urge e apenas 2 anos, renovável por igual período, podem separar o Procurador do comando da Procuradoria, bastando tão somente a indicação do mandatário do executivo e das bênçãos, ou não, dos senhores vereadores.
Na quarta-feira, 8, os "vingadores", assim como os personagens do filme, pegaram suas armas, vestiram suas capas poderosas (paletó e gravata) e disseram NÃO à recondução de Moura Pinho por mais 2 anos à frente da Procuradoria Municipal de Feira de Santana, e se “vingaram”. Ou seja, as caças comeram o caçador.
Juridicamente, segundo informações colhidas, os vereadores não encontraram e não deverão encontrar nenhuma irregularidade na condução da Procuradoria por Moura Pinho. Decerto, esses mesmos vereadores não analisam juridicamente, e sim politicamente. Fato é que a decisão da Câmara Municipal da Princesa do Sertão de contrariedade à recondução do Procurador vai ser decidida mesmo na justiça. Enquanto isso, no aguardo do que possa acontecer diferente da decisão adotada naquela Casa Legislativa, os vereadores oposicionistas se vingaram e aguardam a provável decisão judicial.
Que possa servir de exemplo para procuradores, ministros do STF, juízes enfim, para aqueles que militam no Direito, que se manifestem somente nos autos. Assim, podem não contrariar seus próprios interesses e agirem juridicamente corretos. Até porque, como diz o ditado “Um dia é da caça, outro, do caçador”.
Por Luiz Santos radialista e jornalista
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