Bomba da Rússia atinge PT baiano

Estamos vivendo em época de guerra e o noticiário no Brasil e no mundo estão com as lentes, câmeras e olhares voltados para o confronto Rússia X Ucrânia. Nessa guerra o ditador “sanguinolento” Vladimir Putin mirou seus mísseis e demais arsenal  bélico e está destilando muito ódio e ceifando centenas de vidas e sonhos.

Mesmo com uma distância de aproximadamente 14 mil quilômetros por via aérea, o arsenal de Putin parece ter atingido, também, a alta cúpula do PT baiano, partido que ao longo de mais de três décadas participou diretamente do processo eleitoral neste Estado, até que, há 16 anos conseguiu chegar ao poder.

Vale lembrar que essa chegada ao poder ocorreu em um momento que nem mesmo os mais experientes caciques da política estadual, tampouco os mais otimistas acreditavam na vitória de Jacques Wagner (PT) em 2006. Naquela oportunidade, Wagner surpreendeu a todos e ganhou do candidato da situação, Paulo Souto (PFL).

Nestes tempos, o Galego como é chamado carinhosamente pelo seu mentor intelectual, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, surpreendeu seus companheiros e companheiras e, segundo o próprio Wagner, desistiu de disputar as eleições. A decisão caiu como uma bomba e causou grande estrago no ninho petista, deixando todos desorientados, desalentados, atordoados ou coisa que o valha, enfim, sem saber o que fazer.

O PT tem dois grandes problemas, já detectados há anos, mas que ainda não foram resolvidos, sendo que o segundo advém do primeiro: a concentração de poder e a dificuldade em formar novas lideranças.

Ainda fazendo alusão à bomba de Putin e os possíveis estragos no PT baiano, foram de proporção tamanha que Jacques Wagner fez uma viagem ao exterior e voltou decidido a disputar o governo da Bahia, depois veio a desistência. Tudo isso parece ter criado um racha enorme no grupo governista. Resumindo, em tempos de guerra no leste europeu, os estilhaços caíram em solo baiano, especialmente no solo baiano petista.

Por Luiz Santos radialista e jornalista