Conta a história que certo dia dois meninos agarraram um sapo e, em meio à indecisão sobre como dar fim à vida do animal - se iriam matá-lo a pauladas, se o esmagavam com uma pedra, se o jogavam no fogo ou na água enfim.
“- Vamos amassar a cabeça do sapo com um pau! - gritavam. E o sapo respondia: - Minha cabeça é dura como ferro!
- Vamos rasgar o sapo com faca! E o sapo: - Meu corpo é fechado pela proteção de São Jorge e nada me mata!
- Vamos esmagar o sapo com uma pedra! - Isso só serve pra me fazer cócegas!
- Vamos jogar o sapo na lagoa! - concluíram os meninos. E o sapo, que era muito esperto, começou a chorar e a implorar: - Pelo amor de Deus! Na lagoa não! Me queimem vivo, mas na lagoa não! Se me jogarem na lagoa eu morro rapidinho!”
As crianças, que se sentiam sábios seguiram os clamores do sapo e jogaram o Anfíbio na água, assim o sapo se livrou dos inimigos.
Numa relação de semelhança entre coisas ou fatos distintos, ou melhor, se fizermos uma analogia, com a política na Bahia, é possível dizer que as últimas declarações do governador do Estado, Rui Costa (PT), se assemelham em muito à história narrada: ora o atual mandatário da Bahia diz que “vai concluir o seu mandato até o dia 31/12/2022” ora diz que “está à disposição para quaisquer decisões que o partido e o grupo político decidirem”.
Seja como for, será que Rui Costa está dando uma de sapo? Querendo que alguém lance seu nome como candidato ao Senado Federal? Será que Rui Costa tem em mãos pesquisas eleitorais e não está acreditando no potencial do “seu candidato” e principal mentor intelectual na política, Jacques Wagner (PT)?.
Desde a semana passada, depois da reunião emergencial com o presidenciável Luis Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília, onde participou o próprio Rui Costa, além de Jacques Wagner, Otto Alencar (PSD) e João Leão (PP), os ventos fortes não estão soprando favoravelmente no ninho petista na Bahia.
O ex-petista e vereador por Salvador, Henrique Carballal, agora no PDT, disse que “Rui Costa praticou a maior traição que a política baiana já teve ao jogar Wagner para o escanteio colocando o nome de Otto Alencar para disputar o Palácio de Ondina”. Como se diz que “vingança é um prato que se come frio”, vamos aguardar.
Quanto à reunião com Lula, há quem diga que o principal objetivo foi discutir a renúncia de Wagner aqui na Bahia e Márcio França (PSB), em São Paulo. Lá, a candidatura seria de Fernando Haddad (PT). Dizem, também, que “é dando que se recebe”, e que “uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto”, continuaremos com a lupa girando a 360 graus, além de uma bússola, acompanhando para saber os direcionamentos políticos da Bahia nesse ano eleitoral.
Do outro lado, de ACM Neto (União Brasil), o clima também é tenso para a definição dos nomes que comporão a chapa majoritária. Cada dia o caminho fica mais estreito para arrumarem uma vaga para o jogador de série A, como ele mesmo se definiu, José Ronaldo de Carvalho (União Brasil). Seguimos de olhos e ouvidos bem abertos.
Por Luiz Santos
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