Um verão de chuvas amenas e boas criadeiras em Feira de Santana, esconde um grande potencial de tragédia, para um mundo que vem convivendo com os extremos climáticos crescentes e graves. Enchentes no Sul da Bahia, Minas e Petrópolis-RJ, são exemplos mais recentes, que devem colocar os feirenses em alerta, pois aqui há um verdadeiro despreparo e muitos crimes ambientais que deixaram tanto o sítio urbano, com a zona rural vulneráveis, com possibilidade de catástrofes.
O poder público negligente, o relaxamento da fiscalização ambiental, os crimes conscientes do setor imobiliário e o desconhecimento de impactos ambientais por parte da população, criaram as vulnerabilidades.
Com este texto, e pela segunda vez neste instrumento de comunicação, alerto para o exagero da ocupação com edificações nos caminhos naturais das águas pluviais.
Os canais de escoamento que formam as microbacias, estão sendo interceptados, desviados, estreitados, canalizado em tubulações estreitas e outros males, tanto pelos gestores públicos quanto por empresas e parte da população, que para detonar sofrimento, basta uma chuva de 100 mm em duas horas.
E há locais com potencial para tragédias, como o riacho do Feira X, o canal do Parque Ipê, os Três Riachos, o Pau de Légua, o canal de Santo Antônio dos Prazeres e os loteamentos e ocupações com aterros dentro de lagoas.
Um plano de reabilitação destes canais deve ser executado com a mais rápida urgência.
Passamos o verão entre 2021 e 2022 na tranquilidade, mas quem sabe o que virá com as chuvas de outono inverno e as do próximo verão!...
Por Marialvo Barreto, Geógrafo e professor
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