O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), em pouco tempo eu diria, chegou a um cargo “top” da política nacional, ocupando lugar de destaque, de grande visibilidade no País, e com muito dinheiro para "comprar votos legalmente". Por intermédio da distribuição de emendas parlamentares, auxílio emergencial ou coisa que o valham, dinheiro para Roma não tem sido problemas. É como diz o ditado popular “quem tem boca vai a Roma”.
Pensando nisso, tem muitos prefeitos abrindo a bocarra e indo fazer pedidos ao “Papa Nordestino”, João Roma. Ele [o ministro], sabiamente tem ouvido todos e todas no seu “confessionário político” e feito promessas empolgantes e seduzentes para qualquer político experiente. Neste sentido, Roma deixou para trás grandes nomes da política baiana. Com isso, “ganhou” do seu mentor e padrinho político, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), a alcunha de “traidor”. Para não citar outros apelidos.
Segundo Neto “Era de frequentar a casa um do outro. O resultado da amizade é que fui convidado para ser padrinho do casamento dele e padrinho da filha dele. João Roma tem muitos valores e muitas qualidades. Se não tivesse, não teria descoberto o talento dele, ajudado a projetar, ter sido o meu chefe de gabinete, não teria dado a oportunidade de ele ser deputado federal”, narrou o padrinho do agora ministro.
Consultando meu HD mental lembrei-me do ex-deputado federal Luiz Carlos Bassuma (Avante), que ocupou cargos importantíssimos como vereador em Salvador, deputado estadual, depois deputado federal. Salvo melhor juízo, Bassuma parecia ter entendido que já era grande o suficiente para voar sozinho. Foi aí que fez igual ao pato: sabe voar, nadar e correr, mas na hora que o predador chega ele fica cheio de indecisões e por vezes acaba levando chumbo.
Assim aconteceu com Bassuma em 2010. Disputou uma vaga ao Palácio de Ondina, colocou a esposa, Rosa Bassuma, para disputar a Câmara Federal e, ao final, nenhum dos dois foi eleito, ninguém foi pra lugar nenhum.
Partindo do pressuposto de que “perguntar não ofende”, deixo aqui algumas interrogações: será que a história vai se repetir na política bahiana? Será que Roma já está se achando grande o suficiente para disputar a vaga do Palácio de Ondina? Será que Roma pretende colocar a esposa, Roberta Roma, como candidata à vaga deixada por ele? Enfim, será João Roma o novo Luiz Bassuma?
Por Luiz Santos
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