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Artigo Feira de Santana

Sentem, conversem e sejam fugazes: encontrem uma saída

Por Luiz Santos

19/01/2022 07h34 Atualizada há 4 anos
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Foto Montagem
Foto Montagem

Existem vários ditados populares que podem ser aplicados nessa briga entre Legislativo X Executivo feirense: “Dois duros não levantam muro”; “Dois bodes de chifre não bebem água na mesma cumbuca”; “'Na briga entre o mar e o rochedo, é o marisco que apanha”;  “Ovo não briga com pedras”; e por aí vai. 

Não obstante, nesse momento, em se tratando da briga mais recente entre os Poderes referidos, o ditado que melhor se aplica é “Quando um não quer dois não brigam”. Até porque essa briga, ao que parece, sobrou mesmo, como sempre, para a parte mais fraca: o povo.

Recursos financeiros estão sendo devolvidos e áreas como saúde, educação, assistência social, transporte público são algumas que estão sofrendo os impactos desse impasse, dessa briga de egos. Refiro-me à devolução da Lei Orçamentária e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), referentes ao exercício 2022 do município de Feira de Santana, feita pelo Poder Legislativo, através de ofício, ao prefeito Colbert Martins (MDB), alegando, aquele Poder, “necessidade de adequações”, fazendo com que, até a presente data, o Orçamento 2022 do município não tenha sido aprovado pelo Legislativo.

Essa falta de humildade das duas maiores autoridades municipais, o chefe do Executivo, prefeito Colbert Martins e o presidente da Câmara Municipal, vereador Fernando Torres (PSD), não faz bem para a cidade. Como homens experimentados na política feirense, bahiana e brasileira, deveriam sentar-se à mesa e dialogar; não ficar medindo forças pra ver quem pode mais, quem tem mais poder. Mas, fazer aquilo que diz a Lei e o que propagam os envolvidos neste caso: “Os poderes são harmônicos, porém independentes”.

É possível concordar com a independência dos poderes; e não sou favorável àquele Legislativo que diz “amém, amém...” o tempo inteiro. Gosto mesmo quando vejo o Legislativo debatendo, fiscalizando e discutindo assuntos de interesse da população. No entanto, não sou favorável a essa guerra de interesses pessoais e esse jogo no qual o povo fica em segundo plano.

Com esse travamento da Câmara Municipal, não aprovando o Orçamento Anual de 2022, todos perdem; até mesmo os vereadores que poderão ficar sem receber salário uma vez que a prefeitura ficará impossibilitada de repassar os recursos legais para o Legislativo.

Salvo melhor juízo, pode-se afirmar que entrar o ano sem orçamento, sem saber onde aplicar e como aplicar os recursos públicos, é algo inédito na história da Princesa do Sertão. Além de vergonhoso, neste caso, para os dois lados.

Visando evitar um impacto negativo ainda maior para o município, diante desse imbróglio entre Executivo X Legislativo, e para o bem geral de Feira de Santana, sugere-se, a quem couber: “chamem seu conselheiro, o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho, chefe do grupo, e encontrem, de maneira fugazes, uma saída honrosa para essa crise instalada entre Prefeitura e Câmara Municipal de Feira de Santana”. Fica a dica.

 

Por Luiz Santos radialista e jornalista 

 

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