Diferente de tudo, diferente de todos, esse bordão usado por DJ Ivis ficou realmente só nas palavras, suas ações demonstraram um homem igual a todos que estão na lista de agressores de mulheres desse país e quem bate em mulher é covarde, como já diziam os mais velhos.
Segundo a IPEC ( Inteligência em Pesquisa e Consultoria), em 2020 mais de 13 milhões de mulheres brasileiras foram violentadas por parentes, companheiros ou ex-companheiros íntimos, isso significa que a cada 1 minuto uma brasileira é violentada em sua própria casa. Esses dados assustam.
No auge da sua carreira, estando entre os artistas mais ouvidos do país e com músicas mais tocada no TikTok e Kawai, Iverson de Souza Araújo, foi denunciado após imagens da câmera de segurança interna mostrar o DJ agredindo a ex-mulher Pamella Holanda na frente da sua filha e de mais duas pessoas.
As imagens de vídeo chocaram alguns brasileiros, falo alguns, porque apesar da repercussão, e das pesadas cenas, que são de embrulhar o estômago, o número de seguidores do DJ Ivis, após a divulgação do vídeo, cresceram, foram cerca de 250 mil seguidores em dois dias.
DJ Ivis tentou justificar sua atitude dizendo que estava sofrendo ameaças da ex-companheira. Será que isso justifica? Em seguidores do DJ Ivis, alguma coisa justifica uma agressão contra a mulher?
Não entendo também, como uma plataforma como o Instagram dá espaço para um agressor de mulheres, e não derrubou o DJ Ivis. A decisão da produtora Vybbe em demitir o artista ainda não é o suficiente diante de uma tamanho ato de covardia.
Não querendo dar uma de justiceira, acredito que todos merecem o perdão, mas como mulher não posso me calar e deixar de exigir punição ao DJ. A violência doméstica é um ciclo que precisamos encerrar, por isso, não podemos nos calar, hoje foi a Pamella e amanhã pode ser qualquer uma de nós.
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Por Engledhy Braga
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